Diagnóstico tardio dos casos de varíola dos macacos nos serviços de saúde do Brasil: reflexos e impactos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.39718

Palavras-chave:

Diagnóstico tardío; Monkeypox; Varíola dos macacos; Serviços de saúde.

Resumo

Por várias décadas, a família do Poxvirus se mostrou como uma ameaça para diversos continentes, trazendo prejuízos à população europeia durante a Idade Média. Atualmente, algumas espécies emergentes vêm se tornando endêmicas, como o cenário da varíola dos macacos no serviço de saúde brasileiro, necessitando de esforços para erradicá-las. O trabalho em questão busca evidenciar as dificuldades da vigilância epidemiológica no sentido de diagnosticar precocemente os portadores do vírus. Foi utilizado como metodologia a análise literária dos mais recentes artigos e revistas sobre a temática, buscando correlacionar as dificuldades encontradas para seu diagnóstico. Assim, foi possível notar uma ameaça à saúde pública atual, haja vista ao desconhecimento sobre a doença da varíola do macaco, bem como ao descaso e fake news disseminada pela sociedade brasileira. Logo, medidas públicas precisam ser elaboradas para que os condicionantes desse diagnóstico tardio sejam minimizados no território brasileiro, visando avaliar as questões sociais, sexuais, econômicas e de classe que cercam a Monkeypox.

Referências

Adler, H., Gould, S., Hine, P., Snell, L. B., Wong, W., Houlihan, C. F., & Hruby, D. E. (2022). Clinical features and management of human monkeypox: a retrospective observational study in the UK. The Lancet Infectious Diseases.

Bigaran, L. T., Barbosa, T. C., Barrachi, B. M., de Souza Fuza, P. F. N., Alssuffi, J. E. A., Alssuffi, M. E. A., & de Paula, E. C. (2022). Uma revisão de literatura sobre os aspectos clínicos e epidemiológicos da Monkeypox. Research, Society and Development, 11(9), e23411931612-e23411931612.

Brasil, P., Martins, E. B., Calvet, G. A., & Werneck, G. L. (2022). O que precisamos saber sobre a infecção humana pelo vírus monkeypox?. Cadernos de Saúde Pública, 38.

Cheng, K., Guo, Q., Zhou, Y., & Wu, H. (2022). Concern over monkeypox outbreak: What can we learn from the top 100 highly cited articles in monkeypox research?. Travel Medicine and Infectious Disease, 49, 102371.

de Paula, R. A. C., Campos, K. R., Sacchi, C. T., Amarante, A. F., Taniwaki, N. N., Nishina, G. M. N., & Abbud, A. (2022). Informe epidemiológico: primeiros casos confirmados de monkeypox. BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista, 19, 1-18.

dos Santos Batista, L., & Kumada, K. M. O. (2021). Análise metodológica sobre as diferentes configurações da pesquisa bibliográfica. Revista brasileira de iniciação científica, 8, e021029-e021029.

Durski, K. N., McCollum, A. M., Nakazawa, Y., Petersen, B. W., Reynolds, M. G., Briand, S., & Khalakdina, A. (2018). Emergence of monkeypox in West Africa and Central Africa, 1970-2017/Emergence de l'orthopoxvirose simienne en Afrique de l'Ouest et en Afrique centrale, 1970-2017. Weekly Epidemiological Record, 93(11), 125-133.

Huhn, G. D., Bauer, A. M., Yorita, K., Graham, M. B., Sejvar, J., Likos, A., & Kuehnert, M. J. (2005). Clinical characteristics of human monkeypox, and risk factors for severe disease. Clinical infectious diseases, 41(12), 1742-1751.

Kumar, N., Acharya, A., Gendelman, H. E., & Byrareddy, S. N. (2022). The 2022 outbreak and the pathobiology of the monkeypox virus. Journal of autoimmunity, 102855.

Li, Y., Olson, V. A., Laue, T., Laker, M. T., & Damon, I. K. (2006). Detection of monkeypox virus with real-time PCR assays. Journal of Clinical Virology, 36(3), 194-203.

Magnus, P. V., Andersen, E. K., Petersen, K. B., & Birch‐Andersen, A. (1959). A pox‐like disease in cynomolgus monkeys. Acta Pathologica Microbiologica Scandinavica, 46(2), 156-176.

McCollum, A. M., & Damon, I. K. (2014). Human monkeypox. Clinical infectious diseases, 58(2), 260-267.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto-enfermagem, 17, 758-764.

Petersen, E., Kantele, A., Koopmans, M., Asogun, D., Yinka-Ogunleye, A., Ihekweazu, C., & Zumla, A. (2019). Human monkeypox: epidemiologic and clinical characteristics, diagnosis, and prevention. Infectious Disease Clinics, 33(4), 1027-1043.

Silva, R. F., Santoro, D. C., Sanches, F., Nogueira, M. M. P., Freitas, L. A. D., Bittencurt, D. A. P., & Ribeiro, A. D. S. (2022). O que precisamos saber sobre Monkeypox em humanos: fatos, não fakes.

Simpson, K., Heymann, D., Brown, C. S., Edmunds, W. J., Elsgaard, J., Fine, P., & Wapling, A. (2020). Human monkeypox–After 40 years, an unintended consequence of smallpox eradication. Vaccine, 38(33), 5077-5081.

Sousa, Á. F. L. D., Sousa, A. R. D., & Fronteira, I. (2022). Varíola de macacos: entre a saúde pública de precisão e o risco de estigma. Revista Brasileira de Enfermagem, 75.

Sousa, L. M. M. S., Marques, J. M., Firmino, C. F., Frade, F., Valentim, O. S., & Antunes, A. V. (2018). Modelos de formulação da questão de investigação na prática baseada na evidência.

World Health Organization. (2022). Vaccines and immunization for monkeypox: interim guidance, 24 August 2022 (No. WHO/MPX/Immunization/2022.2). World Health Organization.

Yinka-Ogunleye, A., Aruna, O., Dalhat, M., Ogoina, D., McCollum, A., Disu, Y., & Satheshkumar, P. S. (2019). Outbreak of human monkeypox in Nigeria in 2017–18: a clinical and epidemiological report. The Lancet Infectious Diseases, 19(8), 872-879.

Downloads

Publicado

05/02/2023

Como Citar

MONTE, G. S. .; FERNANDES , G. S. .; CHAGAS JÚNIOR⁩, J. H. F. das .; PALMEIRA, J. O. do V. .; MACÊDO, L. C. B. de .; TOMAZ, S. B. de S. .; LIMA, T. L. C. . Diagnóstico tardio dos casos de varíola dos macacos nos serviços de saúde do Brasil: reflexos e impactos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 2, p. e20712239718, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i2.39718. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39718. Acesso em: 14 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde