Cobertura vacinal em crianças abaixo de 1 ano de idade - uma análise entre diferentes regiões do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39741Palavras-chave:
Vacinação; Região; Cobertura; Imunopreveníveis.Resumo
A cobertura vacinal é um indicador que estima a proporção da população-alvo vacinada, e, nos países em desenvolvimento como o Brasil, tal taxa encontra-se abaixo do ideal na busca por garantir uma boa cobertura de imunização, e dessa forma promover redução de agravos por doenças imunopreveníveis. Estudo ecológico de séries temporais, retrospectivo e analítico utilizando com base dos dados o DATASUS o qual teve como objetivo analisar a cobertura vacinal e as doses aplicadas em crianças de 0 a 1 ano em todas as regiões brasileiras, no período de 2012 a 2021. A partir de 2014 houve uma tendência decrescente na quantidade de doses de vacinas aplicadas no Brasil, exceto na região sul que se manteve estacionária. Em relação a cobertura vacinal, por região do Brasil, no período de 2012 a 2021, a região Norte mostrou-se decrescente, em todo período. A região Nordeste, Sul e Centro-Oeste encontrou-se decrescente entre 2014- 2021, e na região Sudeste houve tendência estacionária nesse mesmo período. Outras pesquisas se fazem necessárias para avaliar as causas e procurar soluções relacionadas à queda da cobertura vacinal e número de doses aplicadas nas regiões do Brasil. A atualização do calendário vacinal em crianças é de suma importância na busca de reduzir o número de casos de doenças imunopreveníveis durante os anos, buscando o controle e até a erradicação de diversas doenças no futuro.
Referências
Abbas, K. P., Zandvoort K, Clark A, Funk S, Mengistu S, et al. (2020) Routine childhood immunisation during the COVID-19 pandemic in Africa: a benefit-risk analysis of health benefits versus excess risk of SARS-CoV-2 infection. Lancet Glob Health. S2214-109X(20)30308-9.https://doi.org/10.1016/S2214-109X(20)30308-9
Antunes J. L. F, Waldman E. A, Borrell C & Paiva T. M (2007) Effectiveness of influenza vaccination and its impact on health inequalities. Int J Epidemiol.
Araújo T. M.E, Lino F. S, Nascimento D. J. C & Costa F. S. R. Vacina contra Influenza: conhecimentos, atitudes e práticas de idosos em Teresina. Revista Brasileira de Enfermagem [Internet]. Piauí: 2007, 439-443
Arroyo, L. H., et al (2006-2016). Áreas com queda da cobertura vacinal para BCG, poliomielite e tríplice viral no Brasil (2006-2016): mapas da heterogeneidade regional. Cad. Saúde Pública.
Barata R. B, & Pereira S. M. (2013) Desigualdades sociais e cobertura vacinal na cidade de Salvador, Bahia. Rev Bras Epidemiol. 2013,16(2):266-77. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2013000200004.
Barreto M.L, Teixeira G.M, Bastos F.I, Ximenes R.A.A, Barata R.B & Rodrigues L.C. (2011) Successes and failures in the control of infectious diseases in Brazil: social and environmental context, policies, interventions, and research needs. Lancet Ser Health in Brazil. 2011
Bramer C., Kimmins L.M, Swanson R, Kuo J, Vranesich P, Jacques-Carrol L. A., & Shen A. K (2016) Decline in child vaccination coverage during the COVID-19 Pandemic - Michigan Care Improvement Registry, May 2016-May 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2020,69(20):630-1.
» https://doi.org/10.15585/mmwr.mm6920e1
Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayro sa Galvão. Inquérito de cobertura vacinal nas áreas urbanas das capitais. Brasil (cobertura vacinal 2007). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/inquerito_cobertura_vacinal_ur banas.pdf
Césare N, Mota T. F, Lopes F. F. L., Lima A. C. M., Luzardo R, Quintanilha L. F et al. (2020) Longitudinal profiling of the vaccination coverage in Brazil reveals a recent change in the patterns hallmarked by differential reduction across regions. Int J Infect Dis. 2020,98:275-80. https://doi.org/10.1016/j.ijid.2020.06.092
Delamonica E., Minujin A., & Gulaid J. (2005) Monitoring equity in immunization coverage. Bull World Health Organ 2005, 83:384-91
Domingues C. M. A. S, & Teixeira A. M. S. (2012) Coberturas vacinais e doenças imunopreveníveis no Brasil no período 1982-2012: avanços e desafios do Programa Nacional de Imunizações
Hartnett K. P, Kite-Powell A, DeVies J, Coletta M. A, Boehmer T. K, Adjemian J, et al. (2019) Impact of the COVID-19 pandemic on Emergency Department visits - United States, January 1, 2019-May 30, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2020,69(23):699-704. https://doi.org/10.15585/mmwr.mm6923e1
Larson H. J, Jarrett C, Eckersberger E, Smith D. M & Paterson P. (2014) Understanding vaccine hesitancy around vaccines and vaccination from a global perspective: a systematic review of published literature, 2007-2012. Vaccine. 2014
MacDonald, N. E. (2015) Sage Working Group on Vaccine Hesitancy. Vaccine hesitancy: Definition, scope and determinants. Vaccine, 33, 4161–4164.
McClure C. C, Cataldi J. R, & O’Leary S. T (2017) Vaccine hesitancy: where we are and where we are going. Clin Ther. 2017,39(8):1550-62. https://doi.org/10.1016/j.clinthera.2017.07.003
McDonald H. I, Tessier E, White J. M, Woodruff M, Knowles C., Bates C., et al (2020) Early impact of the coronavirus disease (COVID-19) pandemic and physical distancing measures on routine childhood vaccinations in England, January to April 2020. Euro Surveill. 2020,25(19):2000848.
» https://doi.org/10.2807/1560-7917.ES.2020.25.19.2000848
Moraes J. C, Barata R. B, Ribeiro M. C. S. A, & Castro P. C. (2000) Cobertura vacinal no primeiro ano de vida em quatro cidades do Estado de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Pública 2000, 8:332-41.
Nunes D. M, Menezes F. C, Igansi C. N, Araújo W. N, Segatto T. C. V, & Costa K. C. C, et al (2012) Inquérito da cobertura vacinal de tríplice bacteriana e tríplice viral e fatores associados à não vaci - nação em Santa Maria, Distrito Federal, Brasil, 2012. Rev Pan-Amazônica Saúde 2018, 9:9-17
Ortega M. P, Astasio A. P, Albaladejo V, Aráosla M. P, Villanueva O. R, & Ramón D. J. P. J. (2007) Mantenimiento de la cadena del frío para las vacunas: una revisión sistemática. Gac Sanit 2007, 21:343-8.
Pacheco F. C, França G. V. A, Elidio G. A, Domingues C. M. A. S, Oliveira C. & Guilhem D. B. (2007) Trends and spatial distribution of MMR vaccine coverage in Brazil during 2007-2017.
Paim J.S, Travassos C.M.R, Almeida C.M, Bahia L, & Macinko J. (2011) The Brazilian health system: history, advances, and challenges. Lancet. 2011,377(9779):1778-97. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(11)60054-8
Peck M, Gacic-Dobo M., Diallo M. S, Nedelec Y., Sodha S. V, & Wallace A. S. (2018). Global routine vaccination coverage, 2018. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2019, 68(42): 937-42. https://doi.org/10.15585/mmwr.mm6842a1 https://doi.org/https://doi.org/10.15585/mmwr.mm6842a1
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Roncalli, A. G., & Lima, K. C (2006) Impacto do Programa Saúde da Família sobre indicadores de saúde da criança em municípios de grande porte da região Nordeste do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 11(3), 713-724
Santoli J. M, Lindley M. C, DeSilva M. B, Kharbanda E. O, Daley M. F, Galloway L, Gee J, et al. (2020) Effects of the COVID-19 pandemic on routine eediatric vaccine ordering and administration - United States, MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2020,69(19):591-3. https://doi.org/10.15585/mmwr.mm6919e2
Sato, A. P. S. (2018) Qual a importância da hesitação vacinal na queda das coberturas vacinais no Brasil? Rev Saude Publica. 2018,52:96. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052001199.
Saxena S, Skirrow H, & Bedford H. (2020) Routine vaccination during covid-19 pandemic response. BMJ. 2020,369:m2392. https://doi.org/10.1136/bmj.m2392
Silva A. A. M, Gomes U. A., Tonial S. R., & Silva R. A. (1994). Cobertura vacinal e fatores de risco associados à não vacinação em localidade urbana do Nordeste brasileiro. Rev Saúde Pública 1999, 33:147-56.
Silveira M. F, Buffarini R, Bertoldi A. D, Santos I. S, Barros A. J. D, Matijasevich A, et al. (2020) The emergence of vaccine hesitancy among upper-class Brazilians: results from four birth cohorts, 1982-2015. Vaccine. 2020 jan 16,38(3):482-8.
Suwantika A. A, Boersma C, & Postma M. J (2020) The potential impact of COVID-19 pandemic on the immunization performance in Indonesia. Expert Rev Vaccines. 2020,19(8):687-90. https://doi.org/10.1080/14760584.2020.1800461
Tertuliano G. C, & Stein A. T. (2011). Atraso vacinal e seus determinantes: um estudo em localidade aten - dida pela Estratégia Saúde da Família. Ciênc Saúde Colet 2011, 16:523-30.
Travassos C., & Martins M. (2004) Uma revisão sobre os conceitos de acesso e utilização de serviços de saúde. Cad Saúde Pública 2004, 20 Suppl 2:S190-8.
Waldman E. A, Sato A. P. S., & Fortaleza C. M. C. B. (2015). Doenças infecciosas no Brasil: das endemias rurais às modernas pandemias. In: Monteiro CA, Levy
RB, organizadores. Velhos e novos males da saúde no Brasil: de Geisel a Dilma. São Paulo: Hucitec, 1, 234-311
Waldman E. A. (2008) Mesa-Redonda: Desigualdades sociais e cobertura vacinal: uso de inquéritos domiciliares. Rev Bras Epidemiol.,11 Supl 1:129-32.
Yokokura A. V. C. P, Silva A. A. M, Bernardes A. C. F, Lamy F. F, Alves M. T. S. S. B, Cabral N. A. L, et al. (2006) Cobertura vacinal e fatores associados ao esquema vacinal básico incompleto aos 12 meses de idade, São Luís, Maranhão, Brasil, 2006. Cad Saude Publica. 29(3):522-34
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ana Maria Macêdo West; Tiago de Oliveira Pacheco; Izailza Matos Dantas Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
