As premissas do Banco Mundial para a formação docente: uma análise crítica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.39800

Palavras-chave:

Formação; Docência; Banco Mundial; Capital.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo geral analisar as intervenções do Banco Mundial na formação docente, sendo os objetivos específicos: a) averiguar as transformações ocorridas na formação docente em países em desenvolvimento; b) investigar os impactos das mudanças promovidas pelo Banco Mundial a formação docente no Brasil; e c) verificar as condicionalidades do Banco Mundial ao fortalecer as premissas do capital. Em termos metodológicos, a pesquisa se baseou no método materialismo histórico dialético, a partir de uma abordagem qualitativa e de uma investigação bibliográfica. Para tanto, tomou-se, fundamentalmente, como referências as proposições teóricas dos seguintes autores: Pansardi (2011), Rabelo et al (2015), Corte, Sarturi e Nunes (2018), Freitas (2018), Soares e Silva (2018), Santos e Orso (2020), Zank e Malanchen (2020), dentre outros. Os resultados e discussões apontaram que as transformações educacionais ocorridas nas últimas décadas colaboram para a segmentação da formação docente com o protótipo pragmático concentrado nos saberes experienciais de professores/as, depreciando os conhecimentos científicos que fundamentam à docência, bem como, as indicações de agências internacionais circundam-se na limitação de custos e de tempo na educação para atingir as metas e a proliferar proveitos do capital. Nas considerações finais, salientou-se que as modificações ocorridas na educação brasileira têm como propósito realizar o projeto educacional do capital, com esse fim, potencializam as transformações oportunas para o fortalecimento do capitalismo, assim, impactaram a formação docente de tal modo que direcionaram a formação e a prática pedagógica, a fim de preparar os/as estudantes para o mercado de trabalho.

Referências

Brandt, A. G., Hobold, M. S., & Farias, I. M. S. (2021). Curso de Pedagogia em cenário de (contra)reforma: Concepções de formação de professores em disputa. Formação em Movimento 3(5), 50-70. http://costalima.ufrrj.br/index.php/FORMOV/article/view/660/1064.

Cardodo Junior, W., Nunes, C. P., & Cardoso, B. L. C. (2022). Materialismo Histórico-Dialético: um diálogo para pesquisa sobre a qualidade de vida. Revista Momento – diálogos em educação, E-ISSN2316-3100, 31(03), 179-200. https://periodicos.furg.br/momento/article/view/14100.

Corte, M. G. D., Sarturi, R. C., & Nunes, J. F. (2018). Políticas de formação de professores no Brasil: desdobramentos e interlocução com diretrizes dos organismos internacionais. Roteiro, [S. l.], 43(1), 87–114. https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/13094.

Duarte. N. (2020). Um montão de amontoado de muita coisa escrita. Sobre o alvo oculto dos ataques obscurantistas ao currículo escolar. In. Malanchen, J., Matos, N. S. D., Orso, P. J. (org.). A Pedagogia Histórico-Crítica, as Políticas Educacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Editora Autores Associados, 31-46.

Freitas, H. C. L. (2018). 30 Anos da Constituição Avanços e retrocessos na formação de professores. Revista Retratos da Escola, 12(24), 511-527. https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/912.

Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. (4a ed.), Atlas.

Guerra, D., & Figueiredo, I. M. Z. (2021). Proposições do Banco Mundial para a política educacional brasileira (2016-2018). Educação e Pesquisa, 47. https://www.scielo.br/j/ep/a/7Cz5GRGMKkmj5rY5NbSBzYq/?format=pdf&lang=pt.

Matias, J. C., Nunes, M. J. O., Silva, A. L., & Barros, J. A. (2019). Perspectivas metodológicas e os bordados na pesquisa qualitativa em educação. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, 6, 128. https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/3721.

Mendes Segundo, M. D., & Jimenez, S. (2015). O papel do Banco Mundial na Reestruturação do capital: estratégias e inserção na política educacional brasileira. In: Rabelo, J. (Org.) O movimento de educação para todos e a crítica marxista. Imprensa Universitária, 46-57.

Moreira, J. A. S., & Silva, R. V. (2016). Políticas para a formação de professores e as recomendações do Banco Mundial: interfaces com o contexto atual da formação de professores alfabetizadores no Brasil. Práxis Educativa, 11(1), 37-61. https://revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/7198/4756.

Netto, J. P. (2011). Introdução ao estudo do método de Marx. Expressão Popular.

Pansardi, M. V. (2011). A Formação de Professores e o Banco Mundial. Eccos Revista Científica (Impresso), 1, 127/25-142. https://www.redalyc.org/pdf/715/71521708008.pdf

Rabelo, J. J., Silva, S. C., Silva, S. A., & Santos, J. B. (2015). O Papel Do Professor No Alcance Da Educação Para Todos: um estudo preliminar. In: Jackline Rabelo, Susana Jimenez e Maria das Dores Mendes Segundo (Organizadoras). (Org.). O movimento de educação para todos e a crítica marxista. (1.ed.) Imprensa Universitária (UFC), 1, 143-150.

Rodrigues, L. P., & Souza, V. F. M. (2020). Políticas de privatização do ensino superior brasileiro: uma análise acerca das orientações do Banco Mundial. Revista Inter Ação, 45(2), 273–283. https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/62662.

Ribeiro, J. C. O. A., & Nunes, C. P. (2018) Formação De Professores No Contexto Neoliberal. Colloquium Humanarum, 15(4), 57-71. https://journal.unoeste.br/index.php/ch/article/view/2458/2551.

Santos, S. A., & Orso, P. J. (2020). Base Nacional Comum Curricular – Uma Base sem base: O ataque à escola pública. In. Malanchen, J., Matos, N. S. D., Orso, P. J. (org.). A Pedagogia Histórico-Crítica, as Políticas Educacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Editora Autores Associados, 161-178.

Santos, T. A., Santos, A. S., Mascarenhas, N. B., & Melo, C. M. M. (2018). O Materialismo Dialético E A Análise De Dados. Texto Contexto de Enfermagem, 27(4), 1-8. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=71465344032.

Shiroma, E. O. (2018) Gerencialismo e formação de professores nas agendas das Organizações Multilaterais. Momento: diálogos em educação, 27(2), 88-106. https://periodicos.furg.br/momento/article/view/8093/5344.

Soares, G. L., & Silva, J. F. (2018). A Influência do Neoliberalismo na Educação: Reflexo na Formação Docente. PROFESSARE (ONLINE), 07, 26-40. https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/professare/article/view/1531/803.

Zank, D. C. T., & Malanchen, J. (2020). A base nacional comum curricular do ensino médio e o retorno da pedagogia das competências: uma análise baseada na pedagogia histórico- crítica. In: Malanchen, J., Matos, N. S., Orso, P. J. (org.). A Pedagogia Histórico-Crítica, as Políticas Educacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Editora Autores Associados, 121-160.

Downloads

Publicado

13/01/2023

Como Citar

SANTOS, F. N. dos .; NÉO, D. de M. V. .; BARBOSA, F. G. .; SILVA, R. R. da .; ALMEIDA, E. R. .; ARAÚJO, A. C. B. .; SILVA, S. C. da . As premissas do Banco Mundial para a formação docente: uma análise crítica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 2, p. e1112239800, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i2.39800. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39800. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais