O Experimento investigativo como ferramenta de ensino: o que pensam e fazem os Professores de Matemática de uma Escola Pública no Pará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.39918

Palavras-chave:

Experimentação Investigativa; Ensino da Matemática; Formação de professores.

Resumo

O presente trabalho busca analisar de que forma a experimentação investigativa pode contribuir para o ensino e para a aprendizagem da Matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Assim, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa com quatro professores regentes de uma Escola Municipal da cidade de Mãe do Rio (PA), tais professores possuem experiência em turmas com alunos do 1° ao 5º ano deste ciclo de ensino. Como instrumento para coleta dos dados utilizou-se um questionário, no qual os docentes expressaram suas contribuições a partir de questões que abordavam sua formação acadêmica, o conhecimento e o uso (ou não) da experimentação investigativa em sua prática. Os resultados da pesquisa evidenciaram escassez de conhecimentos e consequentemente dificuldades na utilização do ensino por investigação no ensino da Matemática. Com isso, destaca-se a necessidade de processos de formação continuada voltados ao campo das metodologias ativas, buscando ampliar a compreensão dos professores e contribuir para práticas docentes pautadas na resolução de problemas, aproximando assim, os conteúdos científicos da realidade dos estudantes.

Biografia do Autor

Márcia Cristina Palheta Albuquerque , Universidade Federal do Pará

Atualmente cursa o Doutorado em Educação, Ciências e Matemática no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM), na Universidade Federal do Pará (UFPA), ano de ingresso 2022. Possui Mestrado em Educação em Ciências e Matemática do Instituto de Educação Matemática e Científica da Universidade Federal do Pará. Obteve o Título de Especialista em Fundamentos da Física Contemporânea e Aplicada na Universidade Federal do Pará (2009). Licenciatura em Física pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (2017), Bacharel Meteorologia pela Universidade Federal do Pará (1998). Desenvolveu medidas experimentais em Física, como caracterização de óleos vegetais da Amazônia. Atuou em projetos de extensão como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/ FÍSICA) (2016-2017). Participou de Projetos de Pesquisa nas áreas de Estudos de Ecossistemas de Floresta e Manguezais com ênfase em meio ambiente. Trabalhou em projetos referentes a conforto ambiental em áreas urbanas da Cidade de Belém, Pará. Tem experiência em Instrumentação Meteorológica principalmente em estudos observacionais relativos a fenômenos meteorológicos e a trocas existentes entre a atmosfera e a Floresta. Desenvolve pesquisas na área de tecnologias educacionais, metodologias ativas por meio da Aprendizagem Baseada em Projetos e práticas docentes.

Deyse Danielle Souza da Costa, Universidade Federal do Pará

Mestra em Políticas Públicas Educacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pará - PPGED/UFPA. Especialista em Educação Ambiental Escolar pela Universidade do Estado do Pará - UEPA, graduada em Licenciatura plena em Pedagogia pela UFPA. É pesquisadora colaboradora do Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente - GEAM/NAEA/UFPA , do Grupo de estudos em Educação Ambiental na Amazônia (GEAMAZ/ICED/UFPA) e do Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão "Formação de professores de Ciências" (UFPA) . Foi coordenadora adjunta do Curso de Especialização em Educação Ambiental com ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis pelo GEAM/NAEA/UFPA (2015-2017). Tem interesse em realizar pesquisas que envolvam temáticas relacionadas a Educação Ambiental, a Formação Docente e a Metodologias Ativas. É pedagoga do Centro de Processos seletivos da UFPA (CEPS/UFPA) e facilitadora da Rede Paraense de Educação Ambiental . 

João Manoel da Silva Malheiro , Universidade Federal do Pará

Bolsista Produtividade em Pesquisa Nível 2 do CNPq. Possui Graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas (UFPA), Especialização em Ensino de Ciências (UEPA), Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas (UFPA), Doutorado em Educação para a Ciência (UNESP/Bauru) , Pós-Doutorados (Universidade do Porto; UNESP/Campus Bauru e pela UTFPR). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal do Pará. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, do Programa de Pós-Graduação em Docência em Educação em Ciências e Matemática e da Faculdade de Pedagogia (Campus Castanhal). Coordenador do Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão FormAÇÃO de Professores de Ciências e do Clube de Ciências Prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz. Linha de pesquisa: Formação de Professores de Ciências e Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem de Ciências. ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-2495-7806.

Referências

Almeida, W. N. C., & Malheiro, J. M. S. (2022). A argumentação e a experimentação investigativa no ensino de matemática. Alexandria, 11, 5783, UFSC, 2018. https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2018v11n2p57/37895

Almeida, W. N. C., & Malheiro, J. M. S. (2019). A Experimentação Investigativa como Possibilidade Didática no Ensino de Matemática: o Problema das Formas em um Clube de Ciências. Experiências em Ensino de Ciências, 14, (1), 391-409. https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/42

Almeida, W. N. C., & Malheiro, J. M. S. (2020). Operações Epistemológicas apresentadas na Argumentação desenvolvida por Estudantes durante uma Atividade Experimental Investigativa de Matemática. Revista de Ensino de Ciências e Matemática (REnCiMa), 11, (2), 264-285. 10.26843/rencima.v11i3.2280 Disponível em: http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/2280/1269

Almeida, W. N. C., & Malheiro, J. M. S. (2022). Pressupostos Teóricos e Diferentes Abordagens do Ensino de Ciências por Investigação. ENCITEC -Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, 12, (2), 71-83. Disponível em: https://san.uri.br/revistas/index.php/encitec/article/view/803/412 http://dx.doi.org/10.31512/encitec.v12i2.803

Araújo, R. M. L. (2012). O marxismo e a pesquisa qualitativa como referência para investigação sobre educação profissional. Editora Alínea.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Ed. Persona.

Boavida, A. M. R. (2005). A argumentação em matemática: Investigando o trabalho de duas professoras em contexto de colaboração (Tese de Doutorado em Educação), Universidade de Lisboa. Lisboa, Portugal.

Brasil (2019). Ministério da Educação. PISA 2018. Brasília. https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/maioria-dos-brasileiros-não sabem-ler-e-nem-fazer-contas-de-matematica-aponta-estudo

Brasil (1997). Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: matemática/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília

Carvalho, A. M. P. (2013). O ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: A. M. P. Carvalho (Org.), Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula (pp. 1-20). Cengage Learning.

Carvalho, I. (2006). Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. Cortez.

Coelho, A. E. F., Almeida, W. N. C., & Malheiro, J. M. S. (2019). Desenvolvimento de habilidades cognitivas e ensino de matemática em um Clube de Ciências da Amazônia. Amazônia, 15, (33), 37-55. https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/5753/5600

D’Ambrósio, B. (2002). Conversas Matemáticas: metodologia de pesquisa ou prática professoral? Anais do VI EBRAPEM – VI Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós- Graduação em Educação Matemática, 8, 9 de novembro de 2002, 18-20.

Costa, D. D. S da, Malheiro, J. M. da S, & Silva, M. L. da (2022) Educação a Distância e formação continuada: uma análise do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Ambiental no município de Moju-PA. Research, Society and Development, 11(11), e110111132642, 10.33448/rsd-v11i11.32642. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/vie/32642

Costa, D. D. da (2016). Formação continuada de professores: um estudo do curso de Aperfeiçoamento em Educação Ambiental no município de Moju no ano de 2014. (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Pará.

Fazenda, I. (2009). O que é interdisciplinaridade? Cortez.

Ferraz, M. A. A, Ancelmo, L. A, Giordani, A. T, Mazur, S. M, & Rodrigues, D. M, (2023) Metodologias ativas: estratégias pedagógicas na formação em enfermagem. Research, Society and Development, 12(1), e2512139417, 10.33448/rsd-v12i1.39417. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/vie/39417 Acesso em: 16 jan. 2023.

Ferreira, C. A. L. (2015). Pesquisa quantitativa e qualitativa: perspectivas para o campo da educação. Caderno Mosaico. 2, 173-182.

Franco, M. A. R. S. (2003). Pedagogia como ciência da educação. Papirus.

Freire, P. (1987). Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra, 1987.

Freire, P. (1974). Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra.

Freire, P. (1995). Política e educação: Ensaios. Cortez.

Freire, P. (2000). Pedagogia da indignação. UNESP.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. (4a ed.), Atlas.

Leal, L. A. (2016). A Importância da Matemática nos Anos Iniciais. In: Anais do XXII EREMATSUL.

Maria, V. L. B. (2016). A prática do Professor de Matemática dos Anos Iniciais: Da formação inicial ao Cotidiano da Ação Educativa. Paraíba. Educação Pública

Moraes, T. S. V., & Carvalho, A. M. P. (2017). Investigação científica para o 1º ano do ensino fundamental: uma articulação entre falas e representações gráficas dos alunos. Ciência e Educação, 23, (4), 941-961

Rocha, C. J. T., Malheiro, J. M. S. (2019). Metacognição e a Experimentação Investigativa: a construção categorias interativa dialógicas. Educação, 44, 32-58. 10.5902/1984644434409 https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/34409

Rocha, C. J. T., & Malheiro, J. M. S. (2020). Experimentação Investigativa Antrópica no Clube de Ciências Prof. Dr. Cristovam Diniz. In: Rocha, C. J. T., Ramos, J. B. S. (Org.). Estudos Antrópicos na Amazônia: entre textos e contextos interdisciplinares, 1, 245-265. Appris.

Silva, V. S. (2018). Modelagem Matemática na Formação Inicial de Pedagogos. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Ponta Grossa. Paraná

Sedano, L., & Carvallho, A. M. P. (2017). Ensino de Ciência Por Investigação: oportunidades de interação social e sua importância para a construção da autonomia moral. Alexandria, 199-220.

Downloads

Publicado

21/01/2023

Como Citar

FREITAS, R. F. de F.; REIS, L. C. .; ALBUQUERQUE , M. C. P. .; COSTA, D. D. S. da .; MALHEIRO , J. M. da S. . O Experimento investigativo como ferramenta de ensino: o que pensam e fazem os Professores de Matemática de uma Escola Pública no Pará. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 2, p. e9012239918, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i2.39918. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39918. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra