Profilaxia cirúrgica com a lavagem de mãos e seus aspectos microbiológicos: uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40221

Palavras-chave:

Desinfecção das Mãos; Profilaxia; Cuidados Pré-Operatórios; Microbiologia.

Resumo

Introdução: A profilaxia cirúrgica com a lavagem das mãos é algo bastante consolidado na comunidade acadêmica e médica, tendo em vista as suas consequências benéficas na prevenção da contaminação por microrganismos. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo discutir sobre a importância da lavagem de mãos no sítio cirúrgico, demonstrando os aspectos microbiológicos e contribuindo para o conhecimento acerca dos antissépticos da microbiota normal e transitória. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, realizada online na Biblioteca Virtual em Saúde, sendo utilizada a Bases de Dados LILACS e SCIELO, para construção do estudo. Resultados: Foram analisados e comprovados através da pesquisa bibliográfica que a lavagem de mãos como profilaxia no ambiente cirúrgico é umas das maneiras mais eficazes nessa atuação. Além do mais, os antissépticos mais utilizados são, sucessivamente: solução alcoólica (exceto álcool 70%), clorexidina 2%, iodóforos, solução contendo peróxido de hidrogênio, glicerol, iodo e o triclosan que são descritos em suas especificidades microbiológicas. Conclusões: Depreende, portanto que mediante a análise aponta-se que nenhum dado impõe certa substância como absoluta na realização da assepsia cirúrgica das mãos no pré-operatório, todavia o método que se mostrou mais eficiente por proporcionar um ambiente mais seguro e apto ao paciente cirúrgico, foi com o uso de soluções antissépticas alcoólicas já que o mecanismo de ação desses antissépticos está atrelado a sua propriedade bactericida de desnaturar as proteínas que entram em contato com o produto, além de possuírem excelente atividade germicida in vitro contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas incluindo as multirresistentes.

Referências

Brasil. (2007). Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ministério da Saúde. Brasil.

Brasil (2015). Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ministério da Saúde. Brasil.

Boyce, J. M. & Pittet, D. (2002). Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. Guideline for Hand Hygiene in Health--Care Settings. Recommendations of the Healthcare Infect ion Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/ SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR Recomm Rep. 51(RR-16): 1-45.

Brasil. (2009). Segurança do paciente em Serviços de Saúde: higienização das mãos. Brasília; 2009. Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Brasil. (2010). Segurança do Paciente –Higienização das Mãos. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Buchaim, V. M. R. et al. (2009). Avaliação microbiológica da eficácia imediata de três agentes anti-septicos utilizados na degermação das mãos. Saúde em Foco. Teresina

Cataneo, C., Silveira, C. A., Simpionato, E., Camargo, F. C., Queiroz, F. A. & Cagnin, M. C. (2004). O preparo da equipe cirúrgica: aspecto relevante no controle da contaminação ambiental. Rev Latino-Am Enfermagem

Cunha, É. R. D., Matos, F. G. D. O. A., Silva, A. M. D., Araújo, E. A. C. D., Ferreira, K. A. S. L., & Graziano, K. U. (2011). Eficácia de três métodos de degermação das mãos utilizando gluconato de clorexidina degermante (GCH 2%). Revista da Escola de Enfermagem da USP, 45, 1440-1445.

Custódio, J., Alves, J. F., Silva, F. M., von Dolinger, E. J. O., dos Santos, J. G. S., & de Brito, D. V. D. (2009). Avaliação microbiológica das mãos de profissionais da saúde de um hospital particular de Itumbiara, Goiás. Revista de Ciências Médicas, 18(1).

da Silva, G. F., Chaves, L. F. M., de Souza, G. T., de Araujo Lima, C. S., & Silva, I. J. C. (2021). A segurança do paciente em âmbito cirúrgico. Revista Eletrônica Acervo Científico, 21, e5251-e5251.

de Jesus Porto, J. M., dos Santos Silva, I., & Ferreira, S. C. (2014). Fatores de risco para o desenvolvimento da infecção hospitalar no centro cirúrgico.

de Souza, E. C., da Luz, G. M., dos Santos, I. T. O., & dos Santos, J. J. (2013). Importância da higienização das mãos como profilaxia a infecção hospitalar pelos profissionais de saúde. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, (3), 1421- 1433.

Gil, C. A. (2017). Como Elaborar Projetos de Pesquisa, (6a ed.), Atlas.

Grinbaum, R. S., de Mendonça, J. S., & Cardo, D. M. (1995). An outbreak of handscrubbing-related surgical site infections in vascular surgical procedures. Infection Control & Hospital Epidemiology, 16(4), 198-202.

Kawagoe, J. Y. (2004). Higiene das mãos: comparação da eficácia antimicrobiana do álcool-formulação gel e líquida-nas mãos com matéria orgânica. Doctoral dissertation. Universidade de São Paulo.

Maciel, M. A. (2013). Lavagem pré-cirúrgica das mãos: uma revisão de literatura. Universidade Federal da Bahia

Maciel, M A. (2013) Lavagem pré-cirúrgica das mãos: uma revisão de literatura.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P. & Galvao, C. M. (2008) Revisão integrativa: Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 17, 758-764.

Mendes, R et al. (2016). Perfil bacteriológico das mãos de profissionais de saúde no centro cirúrgico e no pós-operatório do hospital geral de Palmas, Tocantins. Revista de Patologia do Tocantins, 3(1), 44-62.

Menezes, R. M., Cardoso, V., Hoehr, C. F., Bulle, D., Burgos, M. S., Benitez, L. B., & Renner, J. D. P. (2016). Avaliação microbiológica da antissepsia pré-operatória das mãos de profissionais de enfermagem de um centro cirúrgico. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, 178-191.

Misteli H, Weber W P, Reck S, Rosenthal R, Zwahlen M, Fueglistaler P, et al. (2009) Surgical glove perforation and the risk of surgical site infection. Arch Surg;144(6):553-8.

Monnazzi, M S et al. (2012) Estudo microbiológico comparativo entre sabão de clorexidina 2% e um novo sabão antisséptico para lavagem pré-operatória das mãos. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 12(2), 105-112.

Monteiro C E C, Lacerda R A, Paz M S O & Conceição V P. (2000) Paramentação cirúrgica: avaliação de sua adequação para a prevenção de riscos biológicos em cirurgias. Parte II: os componentes da paramentação. Rev Esc Enferm USP. ;34(2):185-95.

Nascimento, C. S. (2021) Efeito de diferentes métodos de antissepsia cirúrgica das mãos no controle microbiológico.

Oliveira A C de, Gama C S. (2016) Antissepsia cirúrgica e utilização de luvas cirúrgicas como potenciais fatores de risco para contaminação transoperatória. Esc Anna Nery [Internet]. 2Apr;20 (Esc. Anna Nery, 2016 20(2)). https://doi.org/10.5935/1414-8145.20160051

Rocha, L., Tuñón, G., Sá, M., Farias, P., & Tudury, E. (2020). Eficácia de métodos de antissepsia cirúrgica: uma comparação entre diferentes produtos e técnicas. Enciclopédia biosfera; 17(32).

Souza et al. (2010) Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein: 102-6.

Sparling K W, Ryckman F C, Schoettker P J, Byczkowski T L, Helpling A. Mandel K, et al. (2007) Financial impact of failing to prevent surgical site infections. Qual Manag Health Care. ;16(3):219-25

Widmer A F, Rotter M, Voss A, Nthumba P, Allegranzi B, Boyce J, et al. (2010) Surgical hand preparation: state-of- the-art. J Hosp Infect;74(2):112-22.

World Health Organization (WHO) (2009) WHO guidelines on hand hygiene in health care. First global patient safety challenge. Clean care is safe care. Geneva.

Downloads

Publicado

10/02/2023

Como Citar

MENDES, L. M. C. .; ROCHA, S. C. C. .; MIRANDA, S. S. .; SIQUEIRA, S. B. de .; BRITO, A. H. M. .; PIMENTEL , M. P. B. .; MOREIRA , F. R. .; DIAS, A. A. .; D’ALESSANDRO, W. B. . Profilaxia cirúrgica com a lavagem de mãos e seus aspectos microbiológicos: uma revisão de literatura . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 2, p. e25312240221, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i2.40221. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40221. Acesso em: 16 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde