Educação ambiental na amazônia: contexto e prática de professores no município de Colares, no Estado do Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4173

Palavras-chave:

Desenvolvimento sustentável; Interdisciplinaridade; Meio Ambiente; Sustentabilidade; Transversalidade.

Resumo

A educação ambiental tem um papel fundamental para corrigir as agressões da sociedade frente à natureza e a escola, neste contexto é considerado o elemento chave para formar o cidadão que poderá mudar esse rumo. Nesta pesquisa, analisa-se o nível de sensibilização dos professores do ensino fundamental do município de Colares, no estado do Pará, quanto ao repertório teórico e prático em relação às questões ambientais. A pesquisa foi desenvolvida a partir de dados primários, levantados junto a 78 professores do ensino fundamental da rede pública do município, que representa 75,72% do contingente de professores com atuação nesse nível de ensino. Os professores têm entre 38 e 67 anos, sendo que 97,43% possuem formação superior e 92,31% são efetivos da rede pública de ensino. Para os professores, o meio ambiente está em segundo lugar numa escala de valores fundamentais na formação do cidadão. Constatou-se, no entanto, que existe uma carência na formação dos próprios professores na área ambiental, o que acaba por interferir na execução de atividades e projetos relacionados à temática. Na percepção dos professores, dentro do espaço escolar, ainda há uma baixa apropriação de conhecimentos e práticas voltadas às questões ambientais, uma vez que são poucos os espaços verdes e projetos de ação para a educação ambiental. É preocupante a baixa adoção das práticas educativas dentro e fora do ambiente escolar, demonstrando ser necessário uma política efetiva em nível municipal tendo a escola como elo entre a educação ambiental e a comunidade em geral.

Biografia do Autor

Fabrício Khoury Rebello, Universidade Federal Rural da Amazônia

Economista, formado pela Universidade da Amazônia (1990). Doutor em Ciências Agrárias (2012), área de concentração em Agroecossistemas da Amazônia (UFRA / EMBRAPA Amazônia Oriental) e Mestre em Ciências Agrárias, área de concentração em Agricultura Amazônica pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é professor adjunto III da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com atuação em graduação e pós-graduação (Programa de Pós-Graduação em Agronomia - PGAGRO). Foi economista do Banco da Amazônia (entre os anos de 1997 e 2013), atuando na área de estudos macroeconômicos e regionais, onde exerceu a função de Coordenador de Planejamento e Editor Técnico Científico da Revista Amazônia: Ciência e Desenvolvimento e Boletim Contexto Amazônico.Atua nenhum magistério superior desde 2001, quando ingressou como professor na Universidade da Amazônia (2001-2012). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Recursos Naturais, Planejamento de Áreas Amazônicas, Desenvolvimento Rural, Economia Regional e Urbana. Na área de gestão acadêmica foi Coordenadora do PARFOR no Polo de Belém (2013-2017) e membro do Comitê de PIBIC da UFRA (2013-2017), além de avaliação superior realizada pela Prefeitura Municipal de Belém (1993-1997) e custos assumidos no Banco da Amazônia.

Cíntia Maria Cardoso, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui Licenciatura em Letras (Habilitação em Língua Portuguesa) pela Universidade Federal do Pará (1999) e Licenciatura em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (2018), Especialização em Docência do Ensino Superior (2002), Especialização em Informática e Educação (2004) e Especialização em Ensino da Língua Portuguesa (2005), Mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade de Taubaté (2008). Atualmente, é professora assistente da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Atua na área de Linguística Aplicada, com ênfase em Comunicação e Linguagem, Sociolinguística, Análise do Discurso e Funcionalismo, com abordagem principalmente nos seguintes temas: gêneros textuais, leitura e escrita, alfabetização (língua materna e matemática), linguagem matemática e linguagem aplicada nos livros / textos didáticos.

Marcos Antônio Souza dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA, 1997), com especialização em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (UFLA, 1999), mestrado em Economia pela Universidade Federal da Amazônia (UNAMA, 2002) e doutorado em Ciência Animal - Gestão de Sistemas Pecuários da Universidade Federal do Pará (UFPA, 2017). É professor adjunto II da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), lotado no Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos, atuando no ensino e orientação na graduação (Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica e Agrimensura, Engenharia Florestal, Engenharia de Pesca, Medicina Veterinária) ) e Zootecnia) e nenhum Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PgAGRO). Foi Técnico Científico do Banco da Amazônia (entre os anos de 1997 e 2009),desenvolvimento de atividades nas áreas de estudos econômicos, planejamento e desenvolvimento regional. Na área de gestão atuada como coordenador da área de Estudos Econômicos e Regionais do Banco da Amazônia (entre 2006 e 2009), Coordenador Local do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR-UFRA) no polo do município de Augusto Corrêa (entre 2012 e 2016) e Pró-reitor Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFRA (entre 2013 e 2017). Átua nas áreas de Economia Agrária e Recursos Naturais; Métodos Quantitativos em Economia; Economia e Gestão do Agronegócio; Política, Planejamento e Desenvolvimento Regional. 

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Publicado

17/05/2020

Como Citar

SOUSA, S. de N. F.; REBELLO, F. K.; CORDEIRO, L. P.; CARDOSO, C. M.; SANTOS, M. A. S. dos. Educação ambiental na amazônia: contexto e prática de professores no município de Colares, no Estado do Pará, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e373974173, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4173. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4173. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais