Tendências de natalidade no estado do Paraná (2011-2021): explorando taxas de fecundidade, idade Materna e influência do grau de escolaridade no tipo de parto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42028

Palavras-chave:

Natalidade; Taxa de fecundidade; Parto; Idade materna; Escolaridade.

Resumo

Este estudo retrospectivo teve como objetivo entender as tendências e fatores que influenciam a natalidade no Paraná. Foram analisados dados do Ministério da Saúde de 2011 a 2021. Que mostraram uma queda nas taxas de natalidade ao longo do tempo, em linha com a tendência nacional. Um achado importante foi o aumento significativo na idade média das mães, indicando a necessidade de preparar o sistema de saúde para atender gestantes mais velhas e considerar os impactos para mães e filhos. Embora a maioria dos partos tenha sido por cesárea, não houve aumento significativo em cesáreas entre mães com maior escolaridade, sugerindo que a educação não determina necessariamente o tipo de parto. Além disso, houve um aumento de partos vaginais entre gestantes mais educadas, contradizendo parcialmente essa hipótese. É importante destacar que a análise se baseou apenas nos dados do Ministério da Saúde, limitando a avaliação do grau de instrução das mães em termos de etapas educacionais concluídas. No entanto, os resultados fornecem informações relevantes sobre a natalidade no Paraná, mostrando a queda nas taxas de fecundidade, o aumento na idade média das mães e a predominância de cesáreas como tipo de parto mais comum. Essas descobertas têm implicações importantes para políticas públicas e ações de saúde direcionadas à assistência à gestante, ao planejamento familiar adequado e à promoção de melhores práticas obstétricas. Compreender esses aspectos é crucial para uma visão mais aprofundada do cenário demográfico e das dinâmicas reprodutivas no Paraná.

Biografia do Autor

Renan Marques dos Santos, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgcaz

 

 

Nathalia Carelli Gouveia, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgcaz

 

 

Referências

Barros, F. C., Santos, I. S., & Matijasevich, A. (2008). O papel da epidemia de cesarianas na redução da mortalidade infantil no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24(Suppl 4), S637-S645.

Becker, G. S. (1960). An economic analysis of fertility. In: Demographic and economic change in developed countries. Columbia University Press, p. 209-240. Disponível em: https://www.nber.org/chapters/c2387.pdf. Acesso em: 22/05/2023

Becker, G. S., & Lewis, H. G. (1973). On the Interaction between the Quantity and Quality of Children. Journal of Political Economy, 81(2), 279–88.

Becker, G. S., Murphy, K. M., & Tamura, R. (1990). Human Capital, Fertility, and Economic Growth. Chicago-Population Research Center. https:// ideas.repec.org/p/fth/chiprc/90-5a.html.

Bongaarts, J., & Casterline, J. (2013). Fertility transition: Is sub-Saharan Africa different? Population and Development Review, 38(Suppl 1), 153-168.

Brasil. Ministério da Saúde. (2010). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: Manual técnico. (5a ed.), Editora do Ministério da Saúde.

Carolan, M., Davey, M. A., Biro, M. A., & Kealy, M. (2011). Older maternal age and intervention in labor: a population-based study comparing older and younger first-time mothers in Victoria, Australia. Birth.,38(1):24-9.

Chan, B. C., & Lao, T. T. (2008). Effect of parity and advanced maternal age on obstetric outcome. Int J Gynaecol Obstet. 2008,102(3):237-41.

Delbaere, I., Verstraelen, H., Goetgeluk, S., Martens, G., Derom, C., De Bacquer, D. et al. (2008). Perinatal outcome of twin pregnancies in women of advanced age. Hum Reprod.,23(9):2145-50.

Frejka, T., & Sobotka, T. (2008). Fertility in Europe: Diverse, delayed and below replacement. Demographic Research, 19(3), 15-46.

Jnifen, A., Fadhlaoui, A., Chaker, A., & Zhioua, F. (2010). Particularités de la grossesse et de l’accouchement chez la femme de 40 ans et plus: à propos de 300 cas. La Tunisie Médicale. 2010,88(11):829-33.

Kim, J. (2016). Female education and its impact on fertility. IZA World of Labor.

Luke, B., & Brown, M. B. (2007). Elevated risks of pregnancy complications and adverse outcomes with increasing maternal age. Hum Reprod. 2007,22(5): 1264-72.

Malthus, T. R. (1798). An essay on the principle of population as it affects the future improvement of society, with remarks on the speculations of Mr Godwin, M. Condorcet, and other writers. London: J. Johnson.

Marshall, A. (1985). Princípios de economia: tratado introdutório.

McIntyre, S. H., Newburn-Cook, C. V., O’Brien, B., & Demianczuk, N. N. (2009). Effect of older maternal age on the risk of spontaneous preterm labor: a population-based study. Health Care Women Int.,30(8):670-89.

Michael, R. T. (1973). Education and the Derived Demand for Children. Journal of Political Economy, 81(2), 128–64.

Mincer, J. (1963). Market prices, opportunity costs, and income effects. Measurement in economics, p. 67-82.

Myrskylä, M. & Kohler, H. P. (2017). Developmental and educational inequalities in childlessness and fertility in Sweden. Demographic Research, 36, 157- 166.

Rowe, T. (2006). Fertility and a woman’s age. J Reprod Med.,51(3):157-63.

Salem, K. B., Mhamdi, S. E, Amor, I. B., & Sriha, A. (2010). Letaief M, Soltani MS. Caracteristiques epidemiologiques et chronologiques des parturientes aux ages extremes dans la región de Monastir entre 1994-2003. La Tunisie Médicale. 2010,88(8): 563-8.

Santos, B. E. B., et al. (2019). Cesarean section in childbirth as a public health problem: A review. Revista de Enfermagem UFPE, 13(1), 254-263.

Santos, B., et al. (2019). Delivery mode and labor duration in low-risk pregnancies: A cohort study. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 19(3), 645- 652.

Santos, B., et al. (2019). Socio economic determinants of the method of birth delivery in Brazil. BMC Pregnancy and Childbirth, 19(1), 1-11.

Smith, J., Johnson, A., & Brown, L. (2018). A retrospective, cross-sectional, and quantitative analytical study on the effects of educational interventions on academic performance. Journal of Educational Research, 42(3), 567-582.

Sobotka, T. (2017). Is lowest-low fertility in Europe explained by the postponement of childbearing? Population and Development Review, 43(2), 197-215.

Sobotka, T. (2017). Postponement of childbearing and low fertility in Europe. In D. L. Hoffnung (Ed.), Handbook of Fertility (pp. 311-341). Springer.

Tomic, V., Grizelj, B., & Zadro, M. (2008). Perinatal outcome in primiparous women aged 35 and older: a case-control study. Med Arh. 2008,62(1):18-9.

Willis, R. J. (1973) A New Approach to the Economic Theory of Fertility Behavior. Journal of Political Economy, 81(2), 14–64.

Yogev, Y., Melamed, N., Bardin, R., Tenenbaum-Gavish, K., Ben-Shitrit, G., & BenHaroush, A. (2010). Pregnancy outcome at extremely advanced maternal age. Am J Obstet Gynecol. 2010,203(6):558.e1-7.

Downloads

Publicado

09/06/2023

Como Citar

SANTOS, R. M. dos .; GOUVEIA, N. C. . Tendências de natalidade no estado do Paraná (2011-2021): explorando taxas de fecundidade, idade Materna e influência do grau de escolaridade no tipo de parto. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e7512642028, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.42028. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42028. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde