Tendência histórica da Leishmaniose Visceral no Brasil: aspectos epidemiológicos e perspectivas para o futuro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42415

Palavras-chave:

Epidemiologia; Leishmaniose visceral; Doenças negligenciadas; Brasil.

Resumo

A leishmaniose visceral (LV) ainda persiste como um importante problema de saúde pública no Brasil e tem apresentado indícios de aumento de casos nos últimos anos. Sendo assim no presente trabalho, uma pesquisa epidemiológica clássica de caráter quantitativo descritivo e exploratório, objetivou-se avaliar a distribuição tempo-espacial dessa protozoose no país e em suas diferentes regiões socio administrativas observando o seu perfil de distribuição por idade e sexo, utilizando bancos de dados secundários disponíveis em sites governamentais. Observou-se que as regiões norte e nordeste, com destaque para a região Norte, foram as mais acometidas, possivelmente devido a fatores ambientais como questões climáticas, densidade de regiões de floresta e diversidade de espécies de flebotomíneos que predominam nessa região. Também foi possível observar um número de casos significativamente maior entre homens e crianças estando possivelmente estes casos relacionados com o padrão de atividades que os homens desenvolvem e fatores fisiológicos e imunológicos relacionados as crianças. Os resultados obtidos permitem destacar o delineamento de estratégias de prevenção, voltadas a minimizar a morbidade decorrente da LV, a exemplo do tratamento e controle populacional de cães, além da implantação de medidas educacionais e voltadas a um controle estratégico do vetor.

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Publicado

03/07/2023

Como Citar

RIBEIRO, A. D. .; MATTOS, V. J. de S. .; SALGADO, J. da S. P. .; COÊLHO, M. D. G. . Tendência histórica da Leishmaniose Visceral no Brasil: aspectos epidemiológicos e perspectivas para o futuro . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e28712642415, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.42415. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42415. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde