Análise dos pacientes com vitiligo em fototerapia em hospital de referência no Distrito Federal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45207

Palavras-chave:

Vitiligo; Fototerapia; Raios ultravioleta; Epidemiologia.

Resumo

O vitiligo é uma doença crônica adquirida de etiologia desconhecida caracterizada por manchas acrômicas pelo corpo, que surgem devido à perda progressiva de melanócitos. A fototerapia é utilizada como tratamento nos casos em que há acometimento de mais de 20% da área de superfície corporal ou após falha terapêutica com corticoides tópicos. O objetivo deste estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com vitiligo tratados com fototerapia em hospital de referência no Distrito Federal e analisar as características desse tratamento. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, do tipo série de casos, realizado a partir da análise de prontuários no período de 2012 a 2019. Foram incluídos 55 pacientes, sendo 74,5% do sexo feminino, com faixa etária predominante entre 31 e 40 anos. Todos os pacientes utilizaram a modalidade UVB durante duas vezes por semana, em dias não consecutivos, na dose inicial de 200 mJ/cm². Desses, 30,9% apresentaram algum efeito adverso, sendo o eritema o mais prevalente. A análise do perfil epidemiológico é importante para auxiliar na decisão terapêutica. Este estudo sugere que mais sessões, em pacientes jovens, possam contribuir para o sucesso da repigmentação da pele com vitiligo, porém são necessários mais estudos para elencar outras hipóteses sobre as variáveis que podem influenciar no tratamento desses pacientes.

Referências

Alikhan, A., Felsten, L. M., Daly, M., & Petronic-Rosic, V. (2011). Vitiligo: A comprehensive overview. Journal of the American Academy of Dermatology, 65(3), 473–491. https://doi.org/10.1016/j.jaad.2010.11.061

Azulay, R. D. (2022). Dermatologia (8a ed.). Guanabara Koogan.

Bae, J. M., Jung, H. M., Hong, B. Y., Lee, J. H., Choi, W. J., Lee, J. H., & Kim, G. M. (2017). Phototherapy for Vitiligo. JAMA Dermatology, 153(7), 666–674. https://doi.org/10.1001/jamadermatol.2017.0002

Barros, N. M., Sbroglio, L. L., Buffara, M. O., Baka, J. L. C. S., Pessoa, A. S., & Azulay-Abulafia, L. (2021). Phototherapy. Anais Brasileiros de Dermatologia, 96(4), 397–407. https://doi.org/10.1016/j.abd.2021.03.001

Bolognia, J. L., Jorizzo, J. L., & Schaffer, J. V. (2015). Dermatologia (3ª edição). Elsevier.

Bú, E. A., Alexandre, M. E. S., Scardua, A., & Araújo, C. R. F. (2017). Vitiligo as a psychosocial disease: apprehensions of patients imprinted by the white. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 22(65), 481–491. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0925

Bú, E. A., & Coutinho, M. P. L. (2019). Representational Structure of Vitiligo: Non-Restrictive Skin Marks. Temas Em Psicologia, 27(3), 615–629. https://doi.org/10.9788/tp2019.3-02

Castro, C. C. S., & Miot, H. A. (2018). Prevalence of vitiligo in Brazil–A population survey. Pigment Cell & Melanoma Research, 31(3), 448–450. https://doi.org/10.1111/pcmr.12681

Cestari, T., Pessato, S., & Corrêa, G. (2007). Educação Médica Continuada Fototerapia – aplicações Clínicas. Anais Brasileiros de Dermatologia, 82(1), 5–6. https://doi.org/10.1590/S0365-05962007000100002

Dellatorre, G., Alves, D., Bedrikow, R. B., Cestari, T. F., Follador, I., Ramos, D. G., & Silva, C. (2020). Consensus on the treatment of vitiligo – Brazilian Society of Dermatology. Anais Brasileiros de Dermatologia, 95(1), 70–82. https://doi.org/10.1016/j.abd.2020.05.007

Duarte, I., Buense, R., & Kobata, C. (2006). Fototerapia. Anais Brasileiros de Dermatologia, 81(1), 74–82. https://doi.org/10.1590/s0365-05962006000100010

Esmat, S., Hegazy, R. A., Shalaby, S., Hu, S. C., & Lan, C. E. (2017). Phototherapy and Combination Therapies for Vitiligo. Dermatologic Clinics, 35(2), 171–192. https://doi.org/10.1016/j.det.2016.11.008

Ezzedine, K., Eleftheriadou, V., Jones, H., Bibeau, K., Kuo, F. I., Sturm, D., & Pandya, A. G. (2021). Psychosocial Effects of Vitiligo: A Systematic Literature Review. American Journal of Clinical Dermatology, 22(6), 757–774. https://doi.org/10.1007/s40257-021-00631-6

Ezzedine, K., Eleftheriadou, V., Whitton, M., & Van Geel, N. (2015). Vitiligo. The Lancet, 386(9988), 74–84. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)60763-7

Felsten, L. M., Alikhan, A., & Petronic-Rosic, V. (2011). Vitiligo: a comprehensive overview Part II: treatment options and approach to treatment. Journal of the American Academy of Dermatology, 65(3), 493–514. https://doi.org/10.1016/j.jaad.2010.10.043

Merchán-Hamann, E., & Tauil, P. L. (2021). Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30(1), 1–13. https://doi.org/10.1590/s1679-49742021000100026

Nahhas, A. F., Braunberger, T. L., & Hamzavi, I. H. (2019). Update on the Management of Vitiligo. Skin Therapy Letter, 24(3), 1–6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31095346/

Singh, R. K. (2017). Impact of Ultraviolet Light on Vitiligo. Advances in Experimental Medicine and Biology, 996, 55–60. https://doi.org/10.1007/978-3-319-56017-5_5

Sokolova, A., Lee, A., & Smith, S. D. (2015). The Safety and Efficacy of Narrow Band Ultraviolet B Treatment in Dermatology: A Review. American Journal of Clinical Dermatology, 16(6), 501–531. https://doi.org/10.1007/s40257-015-0151-7

Thakur, V., Bishnoi, A., Vinay, K., Kumaran, S. M., & Parsad, D. (2021). Vitiligo: Translational research and effective therapeutic strategies. Pigment Cell & Melanoma Research, 34(4), 814–826. https://doi.org/10.1111/pcmr.12974

Vangipuram, R., & Feldman, S. (2015). Ultraviolet phototherapy for cutaneous diseases: a concise review. Oral Diseases, 22(4), 253–259. https://doi.org/10.1111/odi.12366

Downloads

Publicado

07/03/2024

Como Citar

NAME, P. K. de L. .; THOMÉ, C. G. de O. .; CAVALCANTI, C. B. . Análise dos pacientes com vitiligo em fototerapia em hospital de referência no Distrito Federal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e1013345207, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i3.45207. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45207. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde