Entre o saber e o risco: A realidade da automedicação entre acadêmicos da saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49690Palavras-chave:
Medicamentos, Prescrição , Profissionais da saúde , Uso Racional de Medicamentos, Ensino e aprendizagem.Resumo
Introdução: A automedicação é uma prática muito comum no Brasil, porém se ministrada de forma incorreta pode se tornar um grave problema, resultando em consequências indesejáveis. Objetivo: Avaliar o risco da automedicação nos discentes do curso de Odontologia da UNIPAR da cidade de Cascavel-PR. Metodologia: Trata-se de um estudo de cunho transversal e original, no qual foi utilizado um questionário digital referente a ingestão de medicamentos sem prescrição médica entre discentes dos cursos da área da Saúde da Universidade Paranaense. Resultados: A pesquisa avaliou 303 alunos, dos quais 77,22% eram do sexo feminino e a maioria tinha entre 18 e 24 anos (80,85%). Verificou-se que 51,72% relataram se automedicar frequentemente e 41,37% algumas vezes, totalizando mais de 90% dos participantes, em consonância com outros estudos sobre o tema. O sintoma mais citado para a automedicação foi a cefaleia, sendo os medicamentos mais utilizados os analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios, devido à facilidade de acesso. Os principais fatores que influenciaram essa prática foram amigos, vizinhos e familiares (84,15%), além da propaganda (37,62%). Apesar de 63,69% afirmarem ter consciência dos riscos; 22,44% relataram reações adversas, como dor de cabeça (15%) e sonolência (19,14%). As fontes de informação mais utilizadas foram familiares e farmacêuticos. Conclusão: Os resultados reforçam que, embora frequente, a automedicação traz riscos relevantes, como resistência medicamentosa, interações e agravamento de condições clínicas, evidenciando a necessidade de campanhas educativas e maior fiscalização para minimizar a prática.
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