Propriedades nutricionais de subprodutos agroindustriais da romã (Punica granatum) e sua aplicação em massas frescas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49605

Palavras-chave:

Melhoria nutricional, Farinha, Compostos bioativos.

Resumo

A indústria alimentícia gera uma grande quantidade de resíduos e os custos são altos, sendo necessárias buscas por formas alternativas de aproveitamento desses bioprodutos. O preparo desses resíduos na forma de farinha vegetal é uma alternativa, pois também possuem valor nutricional e compostos bioativos. O mercado de massas alimentícias está em expansão, além disso, é um alimento de baixo custo e baixa qualidade nutricional. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da substituição parcial da semolina por farinha de resíduo da agroindústria de romã nas características físico-químicas de massas alimentícias mistas. Farinhas de casca e polpa de romã foram produzidas utilizando liofilização e estufa convencional como método de secagem. As formulações de massas alimentícias foram feitas avaliando a relação entre parte da planta, método de secagem e porcentagem de farinha vegetal de romã adicionada, testes de análises de atividade antioxidante, análise culinária do tempo de cozimento da massa, cálculo da porcentagem de perda de sólidos e rendimento. O processo de liofilização destacou-se pela qualidade tanto da farinha da casca quanto da polpa, os melhores resultados foram 97,13% de umidade, 6,88% de proteína, 11,07% de lipídios, 2,32% de cinzas, exceto para a análise de carboidratos, com 93,65%, com base no teste de média comparativa de Tukey. A análise das propriedades tecnológicas das massas mostrou que o processo de liofilização reduziu a perda de sólidos e o processo de estufa convencional aumentou o rendimento para ambas as partes da planta. Na forma de farinha, todas apresentaram atividade antioxidante, mas após serem adicionadas à massa, apenas a elaborada com farinha da casca manteve essa atividade. Portanto, o bioproduto de romã demonstrou ser um insumo potencial para o desenvolvimento de massas alimentícias, visando melhoria nutricional e funcional.

Referências

Al-Muammar, M. N. & Khan, F. (2012). Obesity: the preventive role of the pomegranate (Punica granatum). Nutrition. 28, 595-604. https://doi.org/10.1016/j.nut.2011.11.013

ANVISA - National health surveillance agency. resolution RDC nº. 14 de 31/10/2000. Norms and Standards for Food, Pasta. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0014_21_02_2000.html.

Del Bem, M. S, Polesi, L. F., Sarmento, S. B. S., Anjos, C. B. P. (2012). Physical-chemical and sensory properties of pasta made with hydrothermally treated leguminous flours. Food and Nutrition, Araraquara, BR, 23, 101-110.

Durante, M., Montefusco, A., Marrese, P. P., Soccio, M., Pastore, D., Piro, G. M., Lenucci, M. S. (2017). Seeds of pomegranate, tomato, and grapes: An underestimated source of natural bioactive molecules and antioxidants from agri-food by-products. Journal of Food Composition and Analysis, 63, 65- 72. https://doi.org/10.1016/j.jfca.2017.07.026Get rights and content

FAO - Organization of Nations United (2020). Food loss and waste in Latin America and the Caribbean.

Farias, M. M. (2018) Study of the addition of pomegranate peel pulp and flour (Punica granatum L.) in the quality of bread (Master’s dissertation) - Federal University of Fortaleza, Brazil.

Fogagnoli, G., Seravalli E.A.G., 2024, Application of passion fruit peel flour in fresh pasta. Brazilian Journal of Food Technology. 17, 204-212, Brazil. https://doi.org/10.1590/0103-8478cr20180508

Gullon, B., Pintado, M. E., Fernández-López, J., Pérez-Álvarez, J. A., Viuda-Martos, M. (2015). In vitro gastrointestinal digestion of pomegranate peel (Punica granatum) flour obtained from co-products: changes in the antioxidant potential and bioactive compounds stability. Journal of Functional Foods, 19, 617-628. https://doi.org/10.1016/j.jff.2015.09.056

Gumus, Z. P., Argon Z. V. & Celenk V. U. (2020). Cold pressed oils: green technology, bioactive compounds, functionality, and applications. Academic Press. 597-609.

Horwitz, W. (2000). Official methods of analysis of the Association Analytical Chemist. 17 ed. AOAC- Association of Official Analytical Chemists. Arlington: AOAC Inc., 1 and 2.

Hummel, C. (1966). Macaroni Products: manufacture, processing and packing. 2.ed., Food Trade Press, 287, London.

Ismael, T., Akthar, S., Riaz, M., Ismail, A. (2014). Effect of pomegranate peel supplementation on nutritional, organoleptic and stability properties of cookies. Food Composition and Analysis. 65, 661-666. https://doi.org/10.3109/09637486.2014.908170

Junior J. E. L., Neiva, J. N. M., Rodriguez, N. M., Pimentel, J. C. M., Lôbo, R. N. B. (2005). Intake and digestibility of by-products from fruit processing in sheep. Brazilian Journal of Zootechnics. 34. https://doi.org/10.1590/S1516-35982005000200036

Nogueira L. P. S., Cavalcanti, M. T., Sousa, P. A., Fonseca, J. V. S., Andrade, M. L. (2020). Processing and characterization of organic pomegranate residues for agro- industrial use. Brazilian Journal of Environmental Management, 14, 60-63. https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RBGA/article/view/7637.

Pu J., Tian, Y., Haiming S., Yi S., Margaret, S., Boyan, G., Linwei, L., Liangli, Y. (2012) Antioxidant properties and phytochemical composition of China-grown pomegranate seeds, Food Chemistry,132, 1457-1464. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2011.12.002

Oliviero, T. & Fogliano, V. (2016) Food design strategies to increase vegetable intake: The case of vegetable enriched pasta. Trends in Food Science & Technology, 5., 58-64.

Onias, E. A., Araujo, R. H. C. R., Sousa, T. C. F., Oliveira, A. M. F., Queiroga, T. B. (2020). Mineral composition of pomegranate peel, seed and aril during fruit development. Brazilian Journal of Development, 6, 102392-102403. https://doi.org/10.34117/bjdv6n12-657

Rufino, M. S. M, Alves, E. R., Brito, E. S., Morais S. M., Sampaio, C. G., Pérez-Jiménez, J., Saura-Calixto, F. D. (2006), Scientific methodology: determination of total antioxidant activity in fruits by the iron reduction method (FRAP), Online Technical Communication, ISSN 1679-6535, Embrapa, Brazil.

Silva, M. B. & Ramos ,A. M. (2009). Chemical composition, texture and sensory acceptance of mass sweets made with banana pulp and a whole banana. Ceres Magazine, 56, 551- 554. Available in: https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/3465.

Silva, R.J. (2016). Incorporated food pasta of freeze-dried tomato disposal: development and characterization (Master’s dissertation) – Federal University of Bahia. Brazil.

Silva, M .L. T., Brinques, G. B., Gurak, P. D. (2019). Use of sprouts by-product flour for the preparation of fresh pasta. Brazilian Journal of Food Technology, 22. https://doi.org/10.1590/1981-6723.06318

Silveira ,A. C., Kassuia, Y. S., Domahovski, R. C., Lazzarotto, M. (2018). Adapted DPPH method: a tool to quickly and reproducibly analyze antioxidant activity of yerba mate fruit pulp, Technical Communication 421, Embrapa, ISSN 19080-3982, Brazil.

UNAFPA, 2022, Estimated world pasta production (tons). pasta-unafpa.org/newt/unafpa/default.aspx?IDCONTENT=102.

Zanatta, C. L., Schlabitz, C., Ethur, E. M. (2010). Physical-chemical and microbiological evaluation of flours obtained from non-compliant commercial vegetables. Food and Nutrition, 21, 459-468.

Downloads

Publicado

2025-10-04

Edição

Seção

Engenharias

Como Citar

Propriedades nutricionais de subprodutos agroindustriais da romã (Punica granatum) e sua aplicação em massas frescas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 10, p. e20141049605, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i10.49605. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/rsd/article/view/49605. Acesso em: 9 dez. 2025.