Impactos psicológicos dos Enfermeiros emergencistas no enfrentamento da morte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49626Palavras-chave:
Psicológicos, Enfermeiros, Emergência, Morte.Resumo
A percepção desses profissionais acerca do processo de morte e morrer revela diferentes dimensões emocionais, racionais e sociais que, somadas, influenciam diretamente na -dade de vida e no desempenho profissional. Está pesquisa tem como objetivo geral investigar os impactos psicológicos enfrentados pelos enfermeiros emergencistas no enfrentamento da morte. Trata-se de uma pesquisa mista numa pesquisa social feita em enfermeiros, num levantamento em campo, com abordagem quali-quantitativa com apoio de revisão narrativa. Os resultados obtidos confirmam que a constante exposição à morte, somada à sobrecarga de trabalho e à ausência de suporte psicológico adequado, favorece o desenvolvimento de distúrbios emocionais e transtornos mentais, comprometendo tanto a saúde individual quanto a assistência prestada aos pacientes. Concluí-se que a temática em questão é complexa, multifatorial e exige atenção especial das instituições de saúde. Torna-se indispensável promover discussões e implementar políticas públicas e estratégias gerenciais que priorizem o cuidado psicológico dos enfermeiros emergencistas, reconhecendo a relevância do apoio institucional e da valorização profissional. Assim, este estudo busca contribuir para a conscientização sobre a importância da saúde mental desses trabalhadores, bem como estimular a criação de medidas de prevenção, acolhimento e fortalecimento emocional no ambiente laboral.
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