Microagulhamento no manejo do melasma: Uma revisão narrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49631Palavras-chave:
Melanose, Indução Percutânea de Colágeno, Face.Resumo
Esta revisão narrativa teve como objetivo analisar as evidências científicas disponíveis sobre a utilização do microagulhamento no manejo do melasma. O melasma é uma hiperpigmentação crônica e recidivante da pele, de etiologia multifatorial, que afeta principalmente mulheres em idade fértil e fototipos intermediários a altos, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes. A abordagem tradicional inclui despigmentantes tópicos e fotoproteção, mas nem sempre resulta em respostas satisfatórias. O microagulhamento, técnica que promove microperfurações controladas na pele, estimula a regeneração cutânea, favorece a neocolagênese e aumenta significativamente a permeabilidade da pele, permitindo maior penetração de ativos despigmentantes. Entre os agentes frequentemente associados à técnica, destacam-se o ácido tranexâmico, a vitamina C, a niacinamida e o ácido hialurônico, cujos efeitos despigmentantes, anti-inflamatórios e antioxidantes são potencializados após a aplicação do microagulhamento. Os estudos analisados sugerem que a técnica é segura, bem tolerada e eficaz, desde que realizada por profissionais capacitados e com protocolos individualizados. No entanto, há necessidade de padronização dos parâmetros utilizados, como profundidade das agulhas, número e intervalo entre sessões, e concentrações ideais dos ativos associados. Também foram destacadas contraindicações importantes, como presença de lesões ativas, distúrbios de cicatrização e histórico de queloides. Em síntese, o microagulhamento configura-se como uma estratégia terapêutica promissora e complementar no tratamento do melasma, especialmente nos casos resistentes às abordagens convencionais.
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