Impactos metabólicos, comportamentais, neuroendócrinos e reprodutivos da restrição calórica prolongada em mulheres
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49762Palavras-chave:
Restrição calórica, Sistema neuroendócrino, Saúde da mulher, Comportamento alimentar, Função endócrina.Resumo
A restrição calórica prolongada, apesar de frequentemente adotada como estratégia para perda de peso e promoção da longevidade, pode desencadear uma série de alterações fisiológicas, hormonais e comportamentais, especialmente em mulheres. Este estudo teve como objetivo investigar os impactos dessa prática sobre os eixos neuroendócrinos, a função reprodutiva e os aspectos psicológicos femininos. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com base em publicações nacionais e internacionais dos últimos anos. Os achados demonstram que a restrição energética compromete a homeostase hormonal, reduz a taxa metabólica basal, influencia negativamente o ciclo menstrual e pode afetar o bem-estar emocional. Alterações nos níveis de leptina, grelina, cortisol e hormônios sexuais foram associadas à perda de massa magra, disfunções menstruais e prejuízos no comportamento alimentar. Além disso, observaram-se consequências psicológicas como irritabilidade, ansiedade e distorções cognitivas ligadas à imagem corporal. Os dados reunidos reforçam a importância de abordagens nutricionais individualizadas e do acompanhamento multidisciplinar, a fim de prevenir efeitos adversos da restrição calórica em mulheres. Conclui-se que, embora apresente benefícios em alguns contextos, essa prática requer cautela, especialmente quando conduzida sem orientação profissional adequada.
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