Caracterização clínica e epidemiológica de crianças sul-americanas diagnosticadas com alergia à proteína do leite de vaca: Uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49843Palavras-chave:
Alergia à proteína do leite de vaca, Alergia alimentar, Atenção Primária à Saúde, Epidemiologia.Resumo
Introdução: A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é uma das alergias alimentares mais prevalentes na infância, apresentando múltiplas manifestações clínicas e diferentes formas de mediação imunológica, o que dificulta seu diagnóstico, sobretudo na Atenção Primária à Saúde. No Brasil, a escassez de dados epidemiológicos sobre APLV dificulta a elaboração de políticas públicas e estratégias eficazes de rastreio. Objetivo: O principal objetivo foi reunir e sintetizar dados disponíveis sobre a caracterização clínica e epidemiológica da alergia à proteína do leite de vaca. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, que teve como parâmetro o protocolo PRISMA e bases de dados. Foram incluídos estudos clínicos, comunitários, observacionais, coorte e transversais em crianças com 0 aos 23 meses e 29 dias residentes do Brasil. Resultados: A busca resultou em 5.044 registros, dos quais 4.564 foram triados após a remoção de duplicatas. Observou-se predomínio do sexo masculino (59,7%), e de manifestações gastrointestinais na apresentação clínica. O teste de provocação oral foi raramente aplicado, evidenciando limitações diagnósticas regionais. Esses achados caracterizam o perfil clínico e nutricional da APLV em lactentes latino-americanos. Conclusão: A revisão evidenciou que a APLV em lactentes latino-americanos é predominantemente não IgE-mediada, com produção científica concentrada no Brasil e desafios diagnósticos marcados pela baixa aplicação do Teste de Provocação Oral. A terapêutica com fórmulas extensamente hidrolisadas mostrou-se essencial, e a associação com distúrbios neuropsiquiátricos indica a necessidade de integrar o rastreio psicossocial ao manejo pediátrico.
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