Ferimento por Arma Branca (FAB) em região cervical com acometimento de via aérea: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49883Palavras-chave:
Lesões penetrantes no pescoço, Traqueostomia, Ferimento por arma branca, APH.Resumo
Introdução: As lesões penetrantes no pescoço (LPPs) são lesões graves que rompem o músculo do platisma, sendo perigosas devido à proximidade com estruturas vitais. Representam até 10% dos traumas em adultos, com predomínio de ferimentos por arma branca (FAB). O presente artigo objetiva apresentar um estudo de FAB em região cervical com acometimento de via aérea por meio de um estudo de caso. Discussão: Cabe ao médico emergencista e a equipe de APH, estabilizar e conduzir esses pacientes a sala cirúrgica. Garantir hemostasia, sendo que para hemorragias externas, deve-se aplicar compressão digital, podendo lançar mão de um cateter balão de Foley. Além disso, deve-se manter patência de vias aéreas, inserindo o tubo de traqueostomia ou endotraqueal pela abertura da lesão; e se o diâmetro do ferimento for menor, expandir conforme necessário. Se a intubação endotraqueal falhar, optar por traqueostomia já na segunda tentativa. Caso a perda da via aérea seja causada por alterações anatômicas ou hematomas, a cricotireoidostomia é uma alternativa, pois a incisão mais alta minimiza a influência dos hematomas. Conclusão: O relato ressalta a urgência na abordagem inicial e a complexidade das LPPs. É necessário o aperfeiçoamento de equipes de emergência e de mais pesquisas para padronizar o manejo das lesões na Zona II, região de maior incidência que sofre com controvérsias em sua condução, além de ser a zona com melhor abordagem cirúrgica e prognóstico mais favorável.
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