Letramento dos alunos dos cursos da área da saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49976Palavras-chave:
Infecções sexualmente transmissíveis, Educação em saúde, Letramento em saúde, Ensino.Resumo
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) representam um desafio global à saúde pública e exigem estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Objetivo: Avaliar o letramento de estudantes da área da saúde sobre IST, com ênfase em prevenção e tratamento. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e transversal, conduzido em ambiente acadêmico. A coleta de dados foi feita por meio do questionário STD-KQ (Sexually Transmitted Disease Knowledge Questionnaire), considerando 50% de acertos como conhecimento suficiente sobre IST. A análise dos dados foi feita pelo software SPSS (25.0). A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Universidade Paranaense (CAAE 92514725.4.0000.0109). Resultados: Questionários de 51 pessoas foram analisados, sendo a maioria do sexo feminino (90,2%) e com idade entre 21 e 25 anos (47,1%). Quanto à distribuição acadêmica, 54,9% eram iniciantes e 45,1% concluintes. Na avaliação do letramento em IST, concluintes apresentaram maior percentual de acertos em comparação aos iniciantes, com diferenças estatisticamente significativas em questões sobre transmissão, prevenção e tratamento. Algumas questões não mostraram diferença relevante, indicando que determinados conteúdos ainda não estão plenamente consolidados na graduação. Conclusão: A pesquisa evidencia que o avanço na formação acadêmica contribui para o letramento em IST, mas revela lacunas persistentes no conhecimento de graduandos. Destaca-se a importância de aprimorar estratégias pedagógicas ao longo da graduação e incentivar novas investigações que explorem metodologias inovadoras para fortalecer a prevenção e o enfrentamento das infecções sexualmente transmissíveis.
Referências
Albuquerque, L. de L., Barbosa, T. R. dos S., Araújo, A. S., Carvalho, R. de S. F., & Cavalcanti, I. M. F. (2022). Avaliação do conhecimento de universitários de Vitória de Santo Antão sobre a sífilis. Research, Society and Development, 11(13), e35162. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35162
Brasil, Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012: Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/atos-normativos/resolucoes/2012/resolucao-no-466.pdf/view
Carmo, B. A. G., Quadros, N. R. P., Santos, M. M. Q., Macena, J. K. F., Oliveira, M. de F. V. de, Polaro, S. H. I., & Botelho, E. P. (2020). Educação em saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis para universitários de Enfermagem. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 33, e10285. https://doi.org/10.5020/18061230.2020.10285
Filho, J. M. S, Costa, P. A. D., & Silva, D. O. (2025). Conhecimento, atitudes e práticas de universitários relacionados às infecções sexualmente transmissíveis. Revista Foco, 18(3), e7919. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v18n3-015
Góis, C. L. A., Soares, J. L., Moreira, B. S., Carneiro, K. S., Santana, J. S. E., & Souza, M. C. (2024). Conhecimento do adolescente sobre as infecções sexualmente transmissíveis, os desafios e processos formativos: Uma revisão de literatura. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação — REASE, 10(9), e15778. https://doi.org/10.51891/rease.v10i9.15778
Gräf, D. D., Mesenburg, M. A., & Fassa, A. G. (2020). Comportamento sexual de risco e fatores associados em universitários de uma cidade do Sul do Brasil. Revista de Saúde Pública, 54, 41. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001709
Hernesto, M. M., Andrade, L. S. C. de, & Carvalho, C. G. N. (2021). Conhecimento e conduta de estudantes de Medicina de uma instituição privada de Teresina frente às infecções sexualmente transmissíveis. Research, Society and Development, 10(15), e22003. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22003
Lima, L. S. de, Lopes, M. A., & Nery, J. C. S. (2025). Prevenção de infecções sexualmente transmissíveis: A conscientização como ferramenta transformadora. JNT Facit Business and Technology Journal, 4(8), 238–242. https://doi.org/10.5281/zenodo.15127465
Martins, N. V. N., Samselski, B. J. L., Sato, C. S. L., & Júnior, D. S. G. (2024). Saúde sexual e reprodutiva: Conhecimentos, atitudes e práticas de estudantes universitários. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(4), e14581. https://doi.org/10.25248/reas.e14581.2024
Melo, L. D., Sodré, C. P., Spindola, T., Martins, E. R. C., André, N. L. N. de O., & Motta, C. V. V. da. (2022). Prevenção de infecções de transmissão sexual entre os jovens e importância da educação em saúde. Enfermería Global, 21(1), 74–115. https://doi.org/10.6018/eglobal.481541
Metelski, F. K., Coelho, B., Meirelles, B. H. S., Sousa, F. M., Vendruscolo, C., & Mello, A. L. S. F. (2025). Práticas educativas sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis à luz do pensamento complexo. Saúde em Debate, 49(144), e9290. https://doi.org/10.1590/2358-289820251449290P
Miranda, A. E., Freitas, F. L. S., Passos, M. R. L., López, M. A. A., & Pereira, G. F. M. (2021). Políticas públicas em infecções sexualmente transmissíveis no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30(1), e2020611. https://doi.org/10.1590/S1679-4974202100019.esp1
Ministério da Saúde. (2021). Fluxogramas para manejo clínico das infecções sexualmente transmissíveis. https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/publicacoes/2021/fluxogramas-para-manejo-clinico-das-ist/view
Ministério da Saúde. (2022). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf/view
Ministério da Saúde. (2024a). Boletim epidemiológico - HIV e Aids 2024. https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2024/boletim_hiv_aids_2024e.pdf/view
Ministério da Saúde. (2024b). Boletim epidemiológico de sífilis – Número especial | Out. 2024. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2024/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2024.pdf/view
Ministério da Saúde. (2025a). Infecções sexualmente transmissíveis (IST). https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/ist
Ministério da Saúde. (2025b). Boletim epidemiológico de hepatites virais 2025. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2025/boletim-epidemiologico-de-hepatites-virais.pdf
Ministério da Saúde. (2025c). Ministério da Saúde reforça estratégia de vacinação contra HPV. Agência Gov. https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202503/ministerio-da-saude-reforca-estrategia-de-vacinacao-contra-hpv
Parenti, A. B. H., Ignácio, M. A. O., Buesso, T. S., Almeida, M. A. S., Parada, C. M. G. L., & Duarte, M. T. C. (2023). Conhecimento de mulheres que fazem sexo com mulheres sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids. Ciência & Saúde Coletiva, 28(1), 303. https://doi.org/10.1590/1413-81232023281.09882022
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Pereira, D. T. M., Costa, T. E. M. L., Oliveira, S. J., Barros, A. L. S., Nascimento, A. A. S., Silva, L. A. P., & Andrade, K. B. S.. (2025). Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na educação superior em saúde. Revista Acervo Saúde, 7(1), e20029. https://doi.org/10.25248/rae.e20029.2025
Petry, S., Padilha, M. I., Bellaguarda, M. L. R., Vieira, A. N., & Neves, V. R. (2021). O dito e o não dito no ensino das infecções sexualmente transmissíveis. Acta Paulista de Enfermagem, 34(1), eAPE001855. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021AO001855
Rozeira, C. H. B., Silva, M. F., Carneiro, P. E. C., Conzatti, L. A., Bolwerk, M. B. C., Moura, B. L., Narde, M. F. N. D., Silva, F. B., Marques, D. V. C., Rozeira, C. F. B., & Rocha, S. A. M. (2024). Título do artigo. Brazilian Journal of Infectious Health Sciences, 12(3), 45–56. https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/1822/2052
Scalabrin, S., Lohmann, P. M., Freitag, A. L., Marchese, C., Adami, F. S., & Halmenschlager, R. R. (2024). Conhecimento de estudantes universitários sobre infecções sexualmente transmissíveis: Um estudo exploratório. Revista Contemporânea, 4(8), e159. https://doi.org/10.56083/RCV4N8-159
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. (2ed). Editora Érica.
Silva, A. L. R., Lira, B. R. F., & Ruela, G. A. (2024). Importância das metodologias ativas de ensino-aprendizagem no ensino superior: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 13(4), e7313445360. https://doi.org/10.33448/rsd-v13i4.45360
Silva, P. R. M., Araújo, F. L., Montenegro, L. C. C., Silva, T. M. R., Simino, G. P. R., & Simão, D. A. S. (2021). Perfil sociodemográfico e laboral dos profissionais de enfermagem que atuam na assistência a crianças e adolescentes com câncer. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 11, e4067. https://doi.org/10.19175/recom.v11i0.4067
Teixeira, L. O., Figueiredo, V. L. M., & Mendoza-Sassi, R. A. (2015). Adaptação transcultural do Questionário sobre Conhecimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis para o português do Brasil. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 64(3), 247–256. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000085
Teixeira, L. O., Figueiredo, V. L. M. de, Gonçalves, C. V., & Mendoza-Sassi, R. A. (2019). Avaliação psicométrica da versão brasileira do "Questionário sobre Conhecimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis". Ciência & Saúde Coletiva, 24(9), 3469–3482. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.28212017
Vicente, L. da S. (2024). A educação sexual nas diferentes versões da Base Nacional Comum Curricular: Da abertura ao silenciamento em torno da temática. Educação em Revista, 40, e45439. https://doi.org/10.1590/0102-469845439
Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. Editora GEN/Guanabara Koogan.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Henrique de Oliveira, Vanessa do Amaral de Lara, Alessandro Rodrigues Perondi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
