Perfil epidemiológico da gravidez na adolescência no estado de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50073Palavras-chave:
Adolescência, Nascidos Vivos, Gravidez.Resumo
Introdução: A gravidez na adolescência representa importante desafio para a saúde pública, por estar associada a maiores riscos obstétricos, baixa escolaridade e vulnerabilidade social. No Brasil, apesar da redução observada nas últimas décadas, os índices ainda permanecem elevados, especialmente nas regiões menos favorecidas (Brasil, 2012; Beraldo, 2017). Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da gravidez na adolescência no estado de Goiás, entre os anos de 2009 e 2023. Metodologia: Estudo epidemiológico ecológico, observacional e transversal, baseado em dados secundários do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), disponíveis na plataforma DATASUS. Foram incluídas mães de 10 a 19 anos, considerando variáveis como município de ocorrência, faixa etária, escolaridade, estado civil, cor/raça e número de consultas pré-natais. Resultados: No período analisado, registraram-se 182.411 nascimentos de mães adolescentes em Goiás, sendo 4,4% na faixa de 10–14 anos e 95,6% entre 15–19 anos. A maioria das mães declarou-se solteira (67,5%) e parda (70%). Observou-se predominância de escolaridade entre 8 e 11 anos de estudo e adesão satisfatória ao pré-natal em mais da metade dos casos. Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis concentraram os maiores índices. Conclusão: Apesar da tendência de redução, a gravidez na adolescência ainda é prevalente em Goiás e reflete desigualdades educacionais e socioeconômicas. O fortalecimento das políticas públicas de educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e acompanhamento multiprofissional é essencial para a prevenção e cuidado integral das adolescentes.
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