Inconformidades nos registros em prontuários: opinião dos trabalhadores de saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20587

Palavras-chave:

Registros; Prontuário; Inconformidades; Trabalhadores da saúde.

Resumo

O objetivo foi verificar a opinião dos trabalhadores de saúde sobre as inconformidades dos registros em prontuários de pacientes hospitalizados. Estudo descritivo-analítico, de abordagem qualitativa, realizado em uma instituição de saúde pública do Brasil. Participaram 30 trabalhadores de saúde de diferentes áreas.  Utilizou-se um instrumento autoaplicável, com questões abertas. Os dados foram organizados com o auxílio do software ATLAS ti e a análise de conteúdo de Bardin. Entre as principais inconformidades destacaram-se registros incorretos ou incompletos (90,9%), letra ilegível ou rasuras (27,2%) e ausência de registros (12,1%). Quanto às causas de tais inconformidades identificaram-se, falta de interesse (54,5%), desconhecimento da legalidade do registro (27,2%), sobrecarga e déficit de recursos humanos (24,2%) insuficiência de qualificação e de conhecimento dos trabalhadores sobre a temática (24,2%). Diante das evidências apontadas no estudo, recomenda-se rever a política de qualificação dos trabalhadores, aliada à elaboração de protocolos, adequação dos impressos para os registros e organização criteriosa dos prontuários.

Referências

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70, 229.

Barral, L.N.M, et al. (2012) Análise dos registros de enfermagem em prontuários de pacientes em um hospital de ensino. Rev. Min. Enferm., 16(2): 188-193.

Brasil. (2002) Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Revista dos Tribunais.

Brasil. (2004) Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília: MS.

Camelo, S. H. H, Pinheiro, A., Campos, D., Oliveira, T. L. (2009). Auditoria de enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura. Rev Eletr Enferm,11(4):1018-25.

Carneiro, S. M., Dutra, H. S., Costa, F. M., Mendes, S. E., Arreguy-Sena, C. (2016). Uso de abreviaturas nos registros de enfermagem em um hospital de ensino. Rev. Rene, ;17(2):208-16.

CFM. Conselho Federal De Medicina. (2002). Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de Saúde. Resolução CFM 1.638, de 10 de julho de 2002. CFM.

COFEN. Conselho Federal De Enfermagem. (1986). Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Lei nº7.498/86, de 25 de junho de 1986.

Cordeiro, F. F., Dyniewicz, A. M., Kalinowski, L.C. (2011). Auditorship in nursing records at na intensive care unit. Rev Enferm UFPE, 5(5):1187-192.

Demarchi, T.M., et al. Auditoria de prontuário do paciente: um processo de aprendizagem e integração institucional. Rev. Administração em Saúde, 2012;14(55):50-56.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Haddad, M. C. L. (2004). Qualidade da assistência de enfermagem: o processo de avaliação em hospital universitário público. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 201f.

Maia, A. B. B., Barbosa, A. B., Silva, M. N. P., Branco, L. M. G. C., Rodrigues, L. M. C., Melo, T. T. C. (2017). Technical And Scientific Compilation About Audit And Quality Management: An Integrative Review. Rev. Enfermagem UFPE., 3(3): 1489-1494.

Morais, C. G. X., Batista, E. M. S., Castro, J. F. L., Assunção, S. S., Castro, G. M. O. (2015). Registros de enfermagem em prontuário e suas implicações na qualidade assistencial segundo os padrões de acreditação hospitalar: um novo olhar da auditoria. Rev. Acred., 5(9):64-84.

Nomura, A. T. G., Silva, M. B., Almeida, M. A. (2016). Qualidade dos registros de enfermagem antes e depois da Acreditação Hospitalar em um hospital universitário. Rev.Latino-Am. Enfermagem, 24: 1-9.

Padilha, E. F., Haddad, M. C. F. L., Matsuda, L. M. (2014). Qualidade dos registros de enfermagem em terapia intensiva: avaliação por meio da auditoria retrospectiva. Cogitare Enferm, 12(2): 239-45.

Seignemartin, B. A., Jesus, L. R., Vergílio, M. S. T. G., Silva, E. M. S. (2013). Avaliação da qualidade das anotações de enfermagem no pronto atendimento de um hospital escola. Rev Rene, 14(6):1123-32.

Silva, J.Á., Grossi, A. C. M., Haddad, M. C. L, Marcon, S. S. (2012). Avaliação da qualidade das anotações de enfermagem em unidade semi-intensiva. Escola Anna Nery, 16(3):576-581.

Silva, R. B., Loureiro, M. D. R., Frota, O. P., Ortega, F. B., Ferraz, C. C. B. (2013). Qualidade da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva de um hospital escola. Rev Gaúcha Enferm., 34(4):114-120.

Wenceslau, L. D, Albuquerque, P. C. (2014). Educação Permanente em Saúde segundo os profissionais da gestão de Recife, Pernambuco. Trab. Educ. Saúde, 12(2): 425 -441.

Downloads

Publicado

21/09/2021

Como Citar

SILVA, L. C. S. .; PRADO, M. A. do; FERNANDES, M. R. .; MORAES FILHO, A. V. de; SOUSA, M. C. de; COSTA, T. A. M. da .; CARNEIRO, L. C. .; BARBOSA, M. A. Inconformidades nos registros em prontuários: opinião dos trabalhadores de saúde. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e294101220587, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20587. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20587. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde