Problemas cotidianos, percepciones de la población y medicalización

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28869

Palabras clave:

medicalización; Salud mental; Apetito; Sueno; Promoción de la salud.

Resumen

La medicalización es un fenómeno históricamente constituido, que abarca los ámbitos de la educación, la salud, la cultura, el trabajo, la industria y en último término las relaciones sociales y las experiencias subjetivas. Es un proyecto cientificista que abarca desde una perspectiva tanto reduccionista como individualizadora, procesos de salud-enfermedad que involucran aspectos complejos, diversos e interrelacionados de la existencia, biológicos, relacionales, sociales, históricos, estructurales, institucionales. Teniendo en cuenta la presencia de este fenómeno en cuestiones de la vida cotidiana de nuestro tiempo, esta investigación tuvo como objetivo comprender y mapear las percepciones y experiencias de la población sobre tres posibles experiencias: cambios en el sueño, el apetito, la motivación y la concentración. Por lo tanto, se realizó un cuestionario virtual para evaluar la frecuencia y las razones identificadas por los individuos en dichos fenómenos. Los datos fueron analizados por metodología cuantitativa y cualitativa-teórica e indicaron una prevalencia, superior al 90%, en cada fenómeno. También se observa que en el 60 al 80% de los casos los sujetos asocian los cambios de sueño, apetito y motivación con problemas de la vida diaria, como sobrecarga de tareas, problemas económicos y de relación. Los resultados muestran por un lado una asociación significativa entre tales cambios y experiencias en el contexto de vida de los afectados, lo que implica un riesgo de precariedad estructural de la calidad de vida y por otro lado los riesgos de medicalización sin la contextualización de tales situaciones. Este escenario es una alerta para los profesionales de la salud, cuya práctica diagnóstica puede patologizar prematuramente fenómenos individuales de formación compleja.

Citas

Abrams, R. M. (2015). Sleep Deprivation. Obstetrics and Gynecology Clinics of North America, 42, 493–506. Doi: 10.1016/j.ogc.2015.05.013

Alves, G. (2011). Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. Boitempo, São Paulo.

Appio, A. J., & Junior, N. L. (2017). O entorpecimento do trabalhador como estratégia de controle social no Brasil. PSI UNISC, 1(1), 06-17. Doi: 10.17058/psiunisc.v1i1.9887

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP. (2012). Critério de classificação econômica Brasil. http://www.abep.org/novo/Content.aspex?ContentID=301

Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). (2014). Pesquisa Anual MOT/ABTD. O retrato do treinamento no Brasil: 2013-2014. Revista T&D. http://portal.abtd.com.br/Conteudo/Material/Arquivo/PesquisaABTD20132014.pdf

Azevedo, A. J. P., Araújo, A. A., & Ferreira, M. A. F. (2016). Consumo de ansiolíticos benzodiazepínicos: uma correlação entre dados do SNGPC e indicadores sociodemográficos nas capitais brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, 21(1), 83-90. Doi: 10.1590/1413-81232015211.15532014

Barbiani, R., Junges, J. R., Asquidamine, F., & Sugizaki, E. (2014). Metamorfoses da medicalização e seus impactos na família brasileira. Revista de Saúde Coletiva, 24(2), 567-587. Doi: 10.1590/S0103-73312014000200013

Basaglia, F. (2010). O circuito do controle: do manicômio à descentralização psiquiátrica. In: Amarante, P.D.C. (Org). Escritos selecionados em saúde mental e reforma psiquiátrica - Franco Basaglia (pp. 237-257). Rio de Janeiro: Garamond.

Battiston, M., Cruz, R. M., & Hoffmann, M., H. (2006). Condições de trabalho e saúde de motoristas de transporte coletivo urbano. Estudos de Psicologia (Natal), 11(3), 333-343. Doi: 10.1590/S1413-294X2006000300011

Bauman, Z. (2012). Vidas desperdiçadas. (2a. ed., Trad. C. A. Medeiros). Rio de Janeiro: Zahar Editora.

Baumgardt, J. L. S., & Zardo, P. L. G. (2016). A medicalização dos afetos: a ritalinização da infância e as implicações aos direitos da infância e adolescência. Cadernos da Escola de Direito, 3(26), 81-94. http://revistas.unibrasil.com.br/cadernosdireito/index.php/direito/article/view/891/833

Bernardi, F., Harb, A. B. C., Lavandovski, R. M., & Hidalgo, M. P. L. (2009). Transtornos alimentares e padrão circadiano alimentar: uma revisão. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 31(3), 170 - 176. http://www.scielo.br/pdf/rprs/v31n3/a06v31n3

Brasil. (2012). Dicas em saúde - distúrbios do sono. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/256_disturbios_sono.html.

Caliman, L. (2012). Os bio–diagnósticos na era das cidadanias biológicas. Cadernos de subjetividade, 14(1), 96-103. https://cadernosdesubjetividade.files.wordpress.com/2013/09/cadernos2012_baixaresolucao.pdf

Canestrelli, A. P. (2017). Relatórios da OIT destaca oportunidades e desafios na expansão do trabalho a distância. Onubr – Nações Unidas no Brasil. https://nacoesunidas.org/trabalhando-a-qualquer-hora-em-qualquer-lugar-novo-relatorio-destaca-oportunidades-e-desafios-na-expansao-do-trabalho-a-distancia/

Cardoso, A. C. M. (2015). O trabalho como determinante do processo saúde-doença. Tempo Social, 27(1), 73-93. Doi: 10.1590/0103-207020150110

Castiel, L. D., Moraes, D. R., & Paula, I. J. (2016). Terapeuticalização e os dilemas preemptivistas na esfera da saúde pública individualizada. Saúde e Sociedade, 25(1), 96-107. Doi: 10.1590/S0104-12902016142788

Colombani, F., & Martins, R. (2017). O movimento higienista como política pública: aspectos históricos e atuais da medicalização escolar no Brasil. Revista Política e Gestão Educacional, 21(1), 278-295. Doi: 10.22633/rpge.v21.n1.2017.9788

Conselho Federal de Psicologia. (2019). Resolução N° 004, de 11 de fevereiro de 2019. Define e regulamenta sobre elaboração de documentos psicológicos e revoga as anteriores sobre o mesmo tema: Resolução CFP 007/2003 e Resolução CFP 015/1996. Conselho Federal de Psicologia, Brasília, DF.

Conselho Nacional de Saúde (CNS). (2016). Resolução nº 510/2016 – Dispõe sobre a pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. Brasil: Ministério da Saúde, Brasília, DF.

Corseuil, C. H. (Ed., 2018). Análise do Mercado de Trabalho. Boletim Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise. Brasília, 65, 11 – 36. (Nota Técnica). http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/181031_bmt_65_02_analise_do_mercado_trabalho.pdf

Copetti, A. V. S., & Quiroga, C. V. (2018). A influência da mídia nos transtornos alimentares e na autoimagem em adolescentes. Revista de Psicologia da IMED, 10(2), 161-177. Doi: 10.18256/2175-5027.2018.v10i2.2664

Cruz, M. C. A., Garcia, T. R., Macedo, R. M., Freitas, Y. J. F., Borges, N. M. P., Silva, A. C. S. P., Silva, M. L., & Arruda, J. T. (2021). Influência na qualidade de vida de estudantes de Medicina relacionada à má alimentação e sono. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10 (2), e23710212393. Doi: 10.33448/rsd-v10i2.12393

Feldhaus, T., & Cancelier, A. C. L. (2012). Conhecimentos dos pais sobre febre em crianças. Arquivos Catarinenses de Medicina, 41(1); 16-21. http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/906.pdf

Freitas, F., & Amarante, P. (2015). Medicalização em Psiquiatria. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

Halpern, Z. S. C., Rodrigues, M. D. B., & Costa, R. F. (2004). Determinantes fisiológicos do controle do peso e apetite. Revista Psiquiatria. Clínica. 31(4), 150-153. Doi: 10.1590/S0101-60832004000400002

Harayama, R., Gomes, J., Barros, R., Galindo, D., & Santos, D. (2015). O consumo de psicofármacos no Brasil, dados do sistema nacional de gerenciamento de produtos controlados (2007-2014). http://medicalizacao.org.br/nota-tecnica

Hirotsu, C. Bittencourt, L. Garbuio, S. Andersen, L., M., & Tufik, S. (2014). Sleep complaints in the Brazilian population: Impact of socioeconomic factors. Sleep Science, 7(3), 135-142. Doi: 10.1016/j.slsci.2014.08.001

IBGE. (2018a). Acesso à internet e a televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal: 2017. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=210163

IBGE. (2018b). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). https://br.advfn.com/indicadores/pnad

IBGE. (2014). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2014-2015. https://brasilemsintese.ibge.gov.br/trabalho/horas-trabalhadas.html

Krein, J. D. (2018). O desmonte dos direitos, as novas configurações do trabalho e o esvaziamento da ação coletiva: consequências da reforma trabalhista. Tempo Social, 30(1), 77-104. Doi: 10.11606/0103-2070.ts.2018.138082

Leonardo, N. S. T., & Suzuki, M. A. (2016). Medicalização dos problemas de comportamento na escola: perspectivas de professores. Fractal: Revista de Psicologia, 28(1), 46-54. Doi: 10.1590/1984-0292/1161

Lopes, J. M. (2017). Distúrbios do sono na população brasileira: análise dos fatores associados às queixas de redução da função reparadora do sono, insônia, sonolência e suas implicações em morte e eventos cardio-cerebrovasculares. (Tese de Doutorado), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte Programa em Saúde Coletiva), Natal. http://www.repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/24804/1/JohnnatasMikaelLopes_TESE.pdf

Nascimento, M. C., Barros, N. F., Nogueira, M. I., & Luz, M. T. (2013). A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Ciência &Saúde Coletiva, 18(12), 3595-3604. Doi: 10.1590/S1413-81232013001200016

Nascimento, I. B., & Silva, R. F. J. C. (2016). Relação entre obesidade e estresse no ambiente ocupacional: fundamentos sobre causas e consequências. Revista Brasileira de Qualidade de vida, 8(4), 296 - 311. Doi: 10.3895/rbqv.v8n4.5127

Oliveira, E. F. T., & Grácio, M. C. C. (2005). Análise a respeito do tamanho de amostras aleatórias simples: uma aplicação na área da ciência da informação. DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação, 6(4). http://www.brapci.inf.br/index.php/article/view/0000007551/3cbefcd61261c0ea3686b1ce0d87fa17/

Organização Mundial de Saúde. (1996). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artmed

Organização Mundial da Saúde (2002). Relatório Mundial da Saúde: saúde mental: nova concepção, nova esperança. Lisboa: Ministério da Saúde/Direção Geral da Saúde. http://www.who.int./whr

OXFAM. (2018). OXFAM Annual Report. Oxfam, abril de 2017 a março 2018. https://www-cdn.oxfam.org/s3fs-public/file_attachments/oxfam_annual_report_2017-2018_final_2.pdf

Paulo Netto, J., & Braz, M. (2006). Economia política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez Editora. (Coleção Biblioteca Básica de Serviço Social).

Pereira, M. S. (2017). Trabalho, vida e adoecimento: as múltiplas faces da violência contra trabalhadores. In: C. A. Fernandes (Org.). A violência na contemporaneidade, do simbólico ao letal. (pp. 85-111). São Paulo, SP: Intermeios.

Perez, C. P. & Passos, J. (2014). O excesso de medicação em uma sociedade que precisa ser feliz. Revista ComCiência, 161(2), 1-3. http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n161/03.pdf

Rocha, M. C. P., & Martino, M. M. F. (2009). Estresse e qualidade do sono entre enfermeiros que utilizam medicamentos para dormir. Acta Paulista de Enfermagem, 22(5), 658-66). Doi: 10.1590/S0103-21002009000500010

Rocha, S. A., & Farinha, M.G. (2022). A posição horizontal entre cliente e psicólogo na Abordagem Centrada na Pessoa. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11(2), e2411225307. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25307.

Rossi, M. (2018). 2017: o ano do maior aumento de bilionários da história. El país – Economia. https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/17/economia/1516220669_272331.html

Santos, L. C., Castro, N. J., Ruback, O. R., Trigo, T. J. B., Rocha, P. M. B. (2014). Transtornos do ciclo sono-vigília/circadiano - uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, 7(2), 38-43. https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140702_165353.pdf

Serra, M. V., & Oliveira, G. M. N. (2018). Prevalência de comportamento de risco para compulsão alimentar em adolescentes de um colégio particular em São Luís-MA. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 12(76), 1029 - 1038. http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/846/627

Silva, A. C. P. Luzio, C. A., Santos, K. Y. P., Yasui, S., & Dionísio, G. H. (2012). A explosão do consumo de ritalina. Revista de Psicologia da UNESP, 11(2), 45 - 57. http://hdl.handle.net/11449/127245

Silva, F. Y. R., Menezes Filho, N. A., & Komatsu, B. K. (2016). Evolução da produtividade no Brasil: comparações internacionais. Insper – Centro de Políticas Públicas. https://www.insper.edu.br/wp-content/uploads/2016/01/Evolucao-Produtividade-Brasil-Comparacoes-internacionais.pdf

Soares, G. B., & Caponi, S. (2011). Depressão em pauta: um estudo sobre o discurso da mídia no processo de medicalização da vida. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 15(37), 437-446. Epub. Doi: 10.1590/S1414-32832011005000006

Sodré, O. (2004). Contribuição da fenomenologia hermenêutica para a psicologia social. Revista Psicologia da USP, 15(3), 55 - 80. http://www.scielo.br/pdf/pusp/v15n3/24605.pdf

WHO (2017). Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva: World Health Organization. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Publicado

24/04/2022

Cómo citar

BRUST, R. E. F.; BRAGA, T. B. M.; FARINHA, M. G. Problemas cotidianos, percepciones de la población y medicalización. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e17711628869, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28869. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28869. Acesso em: 18 may. 2024.

Número

Sección

Ciencias Humanas y Sociales