Crescimento e maturação de frutos de pitaia de polpa branca
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16288Palavras-chave:
Cactus; Hylocereus undatus; Fisiologia; Piataia.Resumo
A pitaia apresenta grande potencial de mercado e processamento. Porém, a falta de conhecimento sobre seu cultivo ainda é uma barreira que impede sua difusão no país. Assim, objetivou-se avaliar as alterações físico-químicas dos frutos de pitaia (Hylocereus undatus) colhidos em diferentes estágios de desenvolvimento bem como determinar o período ideal de colheita. Foram realizadas análises visuais e de caracterização física, físico-química e química em diferentes estádios de desenvolvimento (7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias após a antese). As análises foram: massa do fruto, polpa e casca, rendimento, diâmetro longitudinal e transversal, índice de formato, espessura da casca, firmeza da polpa, sólidos solúveis, pH, acidez, ratio, coloração da casca e teor de minerais na polpa dos frutos. De modo geral, observa-se incrementos no comprimento, massa do fruto e polpa, rendimento e sólidos solúveis e reduções na espessura da casca, firmeza e pH da polpa. A coloração da casca muda de tons verde-amarelo em frutos imaturos para vermelho intenso ao amadurecerem. Embora ocorra redução de minerais com o desenvolvimento do fruto, são encontrados teores significativos e importantes para a dieta humana, com destaque para nitrogênio, potássio, cálcio, manganês, ferro e zinco. São observadas mudanças marcantes nas características dos frutos com o desenvolvimento. As máximas de massa do fruto, diâmetros e ratio ocorrem aos 35 dias, enquanto que a massa da polpa, rendimento e sólidos solúveis ocorrem aos 42 dias após antese. O ponto ideal de colheita, levando-se em conta características organolépticas e aspectos visuais é em torno dos 35 dias, quando alcança maturidade fisiológica, porém, aos 42 dias, a polpa do fruto ainda se encontra com qualidade para consumo.
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