Precisamos de plantas para sobreviver? Despertando o interesse pela Ciência das Plantas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39614

Palavras-chave:

Metodologias ativas; Conhecimento botânico; Cegueira botânica; Ensino de botânica.

Resumo

O conceito de invisibilidade botânica aborda a incapacidade humana de perceber as plantas ao redor, embora sejam estas essenciais para a base da vida na Terra. Ademais, a convivência humana diária com plantas ou com produtos derivados de plantas é indiscutível. Desta forma, buscamos estratégias que revertam a capacidade perceptiva das plantas no nosso cotidiano, trazendo a "Scientia amabilis" para o primeiro plano e focando na Botânica como uma área fundamental das Ciências Biológicas. Propusemos aos alunos de graduação em Ciências Biológicas, a produção de um caderno botânico, no qual eles fizessem o registro de experiências cotidianas com plantas. A atividade foi realizada em quatro etapas: (1) a produção do texto; (2) roda de conversa; (3) inserção de dados botânicos científicos e (4) análise do conteúdo dos Cadernos. As relações estabelecidas pelos estudantes com as plantas permitiram avaliar a percepção utilitarista. As abordagens científicas seguiram a lógica dos livros didáticos com ênfase na abordagem das estruturas das plantas, seguida pela sistemática e fisiologia vegetal. A análise dos textos e da narrativa dos estudantes permitiu concluir que a produção dos Cadernos Botânicos aprimorou a percepção da importância das plantas para a sobrevivência humana e serviu como disparador de interesse para discussões de temáticas botânicas relativas ao equilíbrio ambiental e a manutenção de todos os níveis de vida na Terra.

Biografia do Autor

Juliana Nascimento Magno, Universidade do Estado de Minas Gerais

Departamento de Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Ibirité, Laboratório de Botânica Aplicada, Av. São Paulo, 3996, Vila do Rosário, Ibirité, MG, Brazil, Zip code: 32400-000. Phone: +55(31)3521-9500

Flávia Moreira Gomes, Universidade do Estado de Minas Gerais

 Departamento de Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Ibirité, Laboratório de Botânica Aplicada, Av. São Paulo, 3996, Vila do Rosário, Ibirité, MG, Brazil, Zip code: 32400-000. Phone: +55(31)3521-9500

Fernanda de Jesus Costa, Universidade do Estado de Minas Gerais

Departamento de Ciências Biológicas, Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Ibirité, Laboratório de Botânica Aplicada, Av. São Paulo, 3996, Vila do Rosário, Ibirité, MG, Brazil, Zip code: 32400-000. Phone: +55(31)3521-9500

Gracielle Pereira Pimenta Bragança, Universidade do Estado de Minas Gerais

Departamento de Botânica, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Avenida Antônio Carlos, 6627, Pampulha. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Zip code: 31270-901. PO Box 486. Phone: +55(31)34092687. Fax: +55(31)34092671

Nina Castro Jorge, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Botânica, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Avenida Antônio Carlos, 6627, Pampulha. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Zip code: 31270-901. PO Box 486. Phone: +55(31)34092687. Fax: +55(31)34092671

Rosy Mary dos Santos Isaias, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Botânica, Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Avenida Antônio Carlos, 6627, Pampulha. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Zip code: 31270-901. PO Box 486. Phone: +55(31)34092687. Fax: +55(31)34092671

Referências

Andrade, D. C., Romeiro, A. R., & Simoes, M. S. (2012). From an empty to a full world: a nova natureza da escassez e suas implicações. Econ. soc. [online]. 21(3), 695-722. ISSN 0104-0618. https://doi.org/10.1590/S0104-06182012000300009.

Arrais, M. G. M.; Sousa, G. M. & Masrua, M. L. A. (2014). O Ensino de Botânica: investigando dificuldades na prática docente. Sbenbio, Maringá, 7(1), 5409-5418.

Beerling D J. (2017). Enhanced rock weathering: biological climate change mitigation with co-benefits for food security? Biol. Lett. 13: 20170149. http://dx.doi.org/10.1098/rsbl.2017.014.

Berbel, N. A. N. (2011). As Metodologias Ativas e a Promoção da Autonomia de Estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, 32(1), 25-40. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0383.2011v32n1p25.

Brady, N. C. (2009). Elements of the nature and properties of soils. (3. ed.) Pearson.

Camelo Júnior, A. E. .; Gonçalves, A. Dos S. .; Silva, T. C. .; Duarte, M. H. F. .; Cintra , M. C. Da S.; & Silva, G. S. da. (2022). Unveiling botanical blindness between undergraduates and graduates of the Biological Sciences course, Maranhão, Brazil. Research, Society and Development, [S. l.], 11(11), e311111133410. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33410. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33410. Acesso em: 8 dec. 2022.

Challenger, M. (2011). On extinction: How we became estranged from nature. London: Granta.

Corrêa, A. M.; Neto, W. M. P.; & Alves, L. ( 2020). A. Plant blindness on climbing trails in Rio de Janeiro City Conservation Units. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e151922186. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.2186. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2186. Acesso em: 8 dec. 2022.

Costanza, R. (2000). Social Goals and the Valuation of Ecosystem Services. Ecosystems. 3. 4-10. 10.1007/s100210000002.

da Silva, J. A., dos Santos, T. V. A., de Lucena, E. M. P., Bonilla, O. H., Pantoja, L. D. M., Edson-Chaves, B., & de Souza Mendes, R. M. (2021). Alunos do Ensino Médio da rede pública de Fortaleza-CE e o interesse pela Botânica. Research, Society and Development, 10(4), e18110413660-e18110413660.

Dewey, J. (1915). The School and Society. Topics University of Chicago. University Elementary School, Education. Ed.Chicago, III., The University of Chicago press. Collection cdl; Americana https://archive.org/details/schoolsociety00dewerich. Access at 06/12/2020.

Faria, M. T. (2012). A importância da disciplina Botânica: Evolução e perspectivas. Revista Uniaraguaia, 2(2), 87-98.

Gupta, V. V. S. R.; & Germida, J .J. (2015). Soil aggregation: influence on microbialbiomass and implications for biological processes. Soil Biol, Biochem, n. 80, p. A3–A9.

Huang, X. (2019). Understanding Bourdieu - Cultural Capital and Habitus. Review of European Studies. https//:doi.org/11. 45. 10.5539/res.v11n3p45.

Jose, S. B, Wu, C. H., & Kamoun S. (2019). Overcoming plant blindness in science, education and society. Plants, People, Planet 1:169 – 172. https://doi.org/10.1002/ppp3.51

Knapp, S. (2019). Are humans really blind to plants? Plants, People, Planet, 1, 164–168. https://doi.org/10.1002/ppp3.36 .

Mamede, W. (2015). O mestrado profissional brasileiro e o Mestrado em Saúde Pública Europeia: objetivos semelhantes por caminhos diferentes. RBPG, 12(25), 147-169.

Melo, E. A., Abreu, F. F., Andrade, A. B., & Araújo, M. I. O. (2009). A aprendizagem de Botânica no Ensino Fundamental: dificuldades e desafios. Scientia Plena, Sergipe, 8(10)..

Parsley, K. M. (2020). Plant awareness disparity: A case for renaming plant blindness. Plants, People, Planet, 2(6), 598-601.

Pereira, E. A., Martins, J. R., dos Santos Alves, V., & Delgado, E. I. (2009). A contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação, 3(1), 154-161.

Salatino, A. & Buckeridge, M (2016). "Mas de que te serve saber botânica?". Estud. av., São Paulo, 30(87), 177-196.

Slootweg, R.; Pieter J. H.; & Beukering V. (2008). Valuation of Ecosystem Services and Strategic Environmental Assessment: Lessons from Influential Cases. Report for the Netherlands Committee for Environmental Assessment, Utrecht.

Spinelli, F., Cellini, A., Marchetti, L., Nagesh, K. M., & Piovene, C. (2011). Emission and function of volatile organic compounds in response to abiotic stress A.K. Shanker, B. Venkateswarlu (Eds.), Abiotic Stress in Plants – Mechanisms and Adaptations, InTech, Croatia, Rijeka, pp. 367-394, 10.5772/24155.

Stevenson, F. J. (1994). Humus Chemistry: Genesis, Composition, Reactions. New York: John Wiley & Sons.

Thomas, H. (2019). Grass blindness. Plants, People, Planet, 1, 197–203. https://doi.org/10.1002/ppp3.28.

Tivet, F.; Sá, J. C. M.; Lal, R.; Borszowskei, P. R.; Santos, S. J .B.; Farias, A.; Eurich, G.; Hartman, D. C.; Nadolny Junior, M. S.; & Seguy, L. (2013). Aggregate C depletion by lowing and its restoration by diverse biomass-C inputs under no-till in sub-tropical and tropical regions of Brazil. Soil Tillage.

Viessman Jr., W.; Harbaugh, T. E.; & Knapp, J. W. (1972). Introduction to hydrology. New York: Intext Educational.

Wandersee, J h. & Schussler, E e. (1999). Preventing plant blindness. The American Biology Teacher. 61: 82 – 86. https://doi.org/10.2307/4450624

Wandersee, J. H.; & Schussler, E. E. (2002). Toward a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, v.47, p.2-9.

Wandersee J H. (1986). Plant or animals—which do junior high school students prefer to study? J Res Sci Teach; 23:415–426. Baton Rouge: 15 ° Laboratory, Louisiana State University.

Downloads

Publicado

09/01/2023

Como Citar

MIGLIORINI MENDES, R. S.; MAGNO, J. N. .; GOMES, F. M. .; COSTA, F. de J. .; BRAGANÇA, G. P. P. .; JORGE, N. C. .; ISAIAS, R. M. dos S. . Precisamos de plantas para sobreviver? Despertando o interesse pela Ciência das Plantas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e23712139614, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.39614. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39614. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais