Precisamos de plantas para sobreviver? Despertando o interesse pela Ciência das Plantas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39614Palavras-chave:
Metodologias ativas; Conhecimento botânico; Cegueira botânica; Ensino de botânica.Resumo
O conceito de invisibilidade botânica aborda a incapacidade humana de perceber as plantas ao redor, embora sejam estas essenciais para a base da vida na Terra. Ademais, a convivência humana diária com plantas ou com produtos derivados de plantas é indiscutível. Desta forma, buscamos estratégias que revertam a capacidade perceptiva das plantas no nosso cotidiano, trazendo a "Scientia amabilis" para o primeiro plano e focando na Botânica como uma área fundamental das Ciências Biológicas. Propusemos aos alunos de graduação em Ciências Biológicas, a produção de um caderno botânico, no qual eles fizessem o registro de experiências cotidianas com plantas. A atividade foi realizada em quatro etapas: (1) a produção do texto; (2) roda de conversa; (3) inserção de dados botânicos científicos e (4) análise do conteúdo dos Cadernos. As relações estabelecidas pelos estudantes com as plantas permitiram avaliar a percepção utilitarista. As abordagens científicas seguiram a lógica dos livros didáticos com ênfase na abordagem das estruturas das plantas, seguida pela sistemática e fisiologia vegetal. A análise dos textos e da narrativa dos estudantes permitiu concluir que a produção dos Cadernos Botânicos aprimorou a percepção da importância das plantas para a sobrevivência humana e serviu como disparador de interesse para discussões de temáticas botânicas relativas ao equilíbrio ambiental e a manutenção de todos os níveis de vida na Terra.
Referências
Andrade, D. C., Romeiro, A. R., & Simoes, M. S. (2012). From an empty to a full world: a nova natureza da escassez e suas implicações. Econ. soc. [online]. 21(3), 695-722. ISSN 0104-0618. https://doi.org/10.1590/S0104-06182012000300009.
Arrais, M. G. M.; Sousa, G. M. & Masrua, M. L. A. (2014). O Ensino de Botânica: investigando dificuldades na prática docente. Sbenbio, Maringá, 7(1), 5409-5418.
Beerling D J. (2017). Enhanced rock weathering: biological climate change mitigation with co-benefits for food security? Biol. Lett. 13: 20170149. http://dx.doi.org/10.1098/rsbl.2017.014.
Berbel, N. A. N. (2011). As Metodologias Ativas e a Promoção da Autonomia de Estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, 32(1), 25-40. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0383.2011v32n1p25.
Brady, N. C. (2009). Elements of the nature and properties of soils. (3. ed.) Pearson.
Camelo Júnior, A. E. .; Gonçalves, A. Dos S. .; Silva, T. C. .; Duarte, M. H. F. .; Cintra , M. C. Da S.; & Silva, G. S. da. (2022). Unveiling botanical blindness between undergraduates and graduates of the Biological Sciences course, Maranhão, Brazil. Research, Society and Development, [S. l.], 11(11), e311111133410. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.33410. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33410. Acesso em: 8 dec. 2022.
Challenger, M. (2011). On extinction: How we became estranged from nature. London: Granta.
Corrêa, A. M.; Neto, W. M. P.; & Alves, L. ( 2020). A. Plant blindness on climbing trails in Rio de Janeiro City Conservation Units. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e151922186. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.2186. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2186. Acesso em: 8 dec. 2022.
Costanza, R. (2000). Social Goals and the Valuation of Ecosystem Services. Ecosystems. 3. 4-10. 10.1007/s100210000002.
da Silva, J. A., dos Santos, T. V. A., de Lucena, E. M. P., Bonilla, O. H., Pantoja, L. D. M., Edson-Chaves, B., & de Souza Mendes, R. M. (2021). Alunos do Ensino Médio da rede pública de Fortaleza-CE e o interesse pela Botânica. Research, Society and Development, 10(4), e18110413660-e18110413660.
Dewey, J. (1915). The School and Society. Topics University of Chicago. University Elementary School, Education. Ed.Chicago, III., The University of Chicago press. Collection cdl; Americana https://archive.org/details/schoolsociety00dewerich. Access at 06/12/2020.
Faria, M. T. (2012). A importância da disciplina Botânica: Evolução e perspectivas. Revista Uniaraguaia, 2(2), 87-98.
Gupta, V. V. S. R.; & Germida, J .J. (2015). Soil aggregation: influence on microbialbiomass and implications for biological processes. Soil Biol, Biochem, n. 80, p. A3–A9.
Huang, X. (2019). Understanding Bourdieu - Cultural Capital and Habitus. Review of European Studies. https//:doi.org/11. 45. 10.5539/res.v11n3p45.
Jose, S. B, Wu, C. H., & Kamoun S. (2019). Overcoming plant blindness in science, education and society. Plants, People, Planet 1:169 – 172. https://doi.org/10.1002/ppp3.51
Knapp, S. (2019). Are humans really blind to plants? Plants, People, Planet, 1, 164–168. https://doi.org/10.1002/ppp3.36 .
Mamede, W. (2015). O mestrado profissional brasileiro e o Mestrado em Saúde Pública Europeia: objetivos semelhantes por caminhos diferentes. RBPG, 12(25), 147-169.
Melo, E. A., Abreu, F. F., Andrade, A. B., & Araújo, M. I. O. (2009). A aprendizagem de Botânica no Ensino Fundamental: dificuldades e desafios. Scientia Plena, Sergipe, 8(10)..
Parsley, K. M. (2020). Plant awareness disparity: A case for renaming plant blindness. Plants, People, Planet, 2(6), 598-601.
Pereira, E. A., Martins, J. R., dos Santos Alves, V., & Delgado, E. I. (2009). A contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação, 3(1), 154-161.
Salatino, A. & Buckeridge, M (2016). "Mas de que te serve saber botânica?". Estud. av., São Paulo, 30(87), 177-196.
Slootweg, R.; Pieter J. H.; & Beukering V. (2008). Valuation of Ecosystem Services and Strategic Environmental Assessment: Lessons from Influential Cases. Report for the Netherlands Committee for Environmental Assessment, Utrecht.
Spinelli, F., Cellini, A., Marchetti, L., Nagesh, K. M., & Piovene, C. (2011). Emission and function of volatile organic compounds in response to abiotic stress A.K. Shanker, B. Venkateswarlu (Eds.), Abiotic Stress in Plants – Mechanisms and Adaptations, InTech, Croatia, Rijeka, pp. 367-394, 10.5772/24155.
Stevenson, F. J. (1994). Humus Chemistry: Genesis, Composition, Reactions. New York: John Wiley & Sons.
Thomas, H. (2019). Grass blindness. Plants, People, Planet, 1, 197–203. https://doi.org/10.1002/ppp3.28.
Tivet, F.; Sá, J. C. M.; Lal, R.; Borszowskei, P. R.; Santos, S. J .B.; Farias, A.; Eurich, G.; Hartman, D. C.; Nadolny Junior, M. S.; & Seguy, L. (2013). Aggregate C depletion by lowing and its restoration by diverse biomass-C inputs under no-till in sub-tropical and tropical regions of Brazil. Soil Tillage.
Viessman Jr., W.; Harbaugh, T. E.; & Knapp, J. W. (1972). Introduction to hydrology. New York: Intext Educational.
Wandersee, J h. & Schussler, E e. (1999). Preventing plant blindness. The American Biology Teacher. 61: 82 – 86. https://doi.org/10.2307/4450624
Wandersee, J. H.; & Schussler, E. E. (2002). Toward a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, v.47, p.2-9.
Wandersee J H. (1986). Plant or animals—which do junior high school students prefer to study? J Res Sci Teach; 23:415–426. Baton Rouge: 15 ° Laboratory, Louisiana State University.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Reisila Simone Migliorini Mendes; Juliana Nascimento Magno; Flávia Moreira Gomes; Fernanda de Jesus Costa; Gracielle Pereira Pimenta Bragança; Nina Castro Jorge; Rosy Mary dos Santos Isaias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.