Novos Tempos, Mesmas Mãos: o princípio da temporalidade nas sucessões ao cargo de Governador do Estado do Rio Grande do Norte (1975-1986)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39838

Palavras-chave:

Temporalidade; Atos institucionais; Governador; Regime militar; Rio Grande do Norte.

Resumo

O objeto deste estudo é o princípio da temporalidade, analisado por meio da sucessão ao cargo de Governador do Estado do Rio Grande do Norte durante o período que corresponde aos anos de 1975 e 1986, época marcada pela Ditadura Militar no Brasil e, também, pelos ditos governadores “biônicos”. Utilizando-se, principalmente, de pesquisa empírica e bibliográfica qualitativa na literatura histórica e jurídica acerca do tema, este trabalho visa a atestar que, embora três governadores diferentes tenham exercido seus mandatos, não se seguiu o princípio da temporalidade e, tampouco, da alternância de poder nesse período. A justificativa deste estudo pauta-se na relevância do tema em uma sociedade cujo regime é democrático e definido pela participação popular. Em face do princípio da temporalidade, deve-se alternar o agente que detém o Poder Público, porém, conforme se demonstrará numa análise mais profunda, não se observou tal instituto jurídico durante esse período, havendo apenas uma simulação de normalidade.

Biografia do Autor

Manoel Matias Medeiros de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Bacharelando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2019-).

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Publicado

09/01/2023

Como Citar

ARAÚJO, M. M. M. de .; PEREIRA, V. D. B. .; MAIA, A. de F. . Novos Tempos, Mesmas Mãos: o princípio da temporalidade nas sucessões ao cargo de Governador do Estado do Rio Grande do Norte (1975-1986). Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e22512139838, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i1.39838. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39838. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais