Problematizações Foucaultianas ao teletrabalho: governamentalidade e cuidado-de-si na experiência de servidores do Judiciário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40268Palavras-chave:
Michel Foucault; Trabalho; Saúde mental.Resumo
O presente artigo tem por objetivo problematizar, à luz dos conceitos de governamentalidade e cuidado-de-si elaborados por Foucault, os efeitos do teletrabalho sobre a saúde mental de servidores públicos que exercem sua profissão na modalidade de teletrabalho integral em um Tribunal de Justiça da região do Nordeste do Brasil. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa apoiada no método da experimentação tal como entendida em uma perspectiva foucaultiana. Na produção de dados, foi utilizada a técnica de entrevista individual, e como instrumento um questionário sociodemográfico contendo uma pergunta disparadora, de modo a oportunizar aos participantes a expressão livre de suas vivências no home office. Os resultados apresentam tanto os efeitos (prejudiciais) sobre a saúde mental, como o aumento da ansiedade e angústia advindos da pressão para atingir metas de produtividade, bem como os efeitos (positivos) na qualidade de vida, como redução de estresse, práticas de atividade física e ampliação da convivência familiar. Dessa maneira, o estudo abre luz para realização de novas pesquisas, tendo em vista o movimento de aumento global da adesão do home office no universo corporativo.
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