Uma revisão sistemática a respeito da cultura organizacional e a gênese da síndrome de burnout
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41430Palavras-chave:
Cultura organizacional; Esgotamento psicológico; Esgotamento profissional; Liderança; Burnout.Resumo
Esse estudo teve como objetivo investigar se a cultura organizacional pode, de fato, gerar impacto direto na saúde mental e física do colaborador facilitando o desenvolvimento da síndrome de burnout. Assim, procurou-se aclarar, por meio de estudos já publicados, a situação dos ambientes laborais dos profissionais de saúde e educação; de modo a observar se estes podem afetar a saúde dos atores a ponto de os mesmos desenvolverem a síndrome de burnout. Desta forma, realizou-se uma revisão sistemática, com o objetivo de definir o especificado anteriormente, e entender o que pode ser feito para mitigar tal situação. Foram definidos alguns artigos para construção da introdução, para melhor entendimento do assunto e, como material de discussão, foram selecionados oito estudos, que abordam tanto a visão dos próprios profissionais sobre o assunto, assim como evidenciam as principais causas desse cenário. Nesse âmbito, foi possível inferir que esse é um problema extremamente sério e urgente, passível de maior atenção organizacional/profissional.
Referências
Adams, A. M. N., Chamberlain, D., & Giles, T. M. (2019). The perceived and experienced role of the nurse unit manager in supporting the wellbeing of intensive care unit nurses: An integrative literature review. Australian critical care: official journal of the Confederation of Australian Critical Care Nurses, 32 (4), 319–329.
Barreiros, J. P., Santos, N. F., & Souza, C. F. (2021). Da síndrome de burnout nas relações de trabalho. https://repositorio.alfaunipac.com.br/publicacoes/2021/584_da_sindrome_de_burnout_nas_relacoes_de_trabalho.pdf
Brasil. (2010). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 4. ed. 4. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 72 p: il. color. (Série B. Textos Básicos de Saúde). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf
Caixeta, N. C., Silva, G. N., Queiroz, M. S. C., Nogueira, M. O., Lima, R. R., Queiroz, V. A. M., Araújo, L. M. B., & Amâncio, N. F. G. (2021). A síndrome de burnout entre as profissões e suas consequências. Brazilian Journal of Health Review, 4 (1), 593–610. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-051
Campos, I. C. M., & Costa, F. N. (2007). Cultura e saúde nas organizações. Estud. Psicol. 24 (2), 279-282.
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/KPcTvrVcB4rC7wbPVkRgmKN/?lang=pt.
Candido, J., & Souza, L. R. (2017). Síndrome de burnout: as novas formas de trabalho que adoecem. Psicologia.pt, 1-12.
Chen, Y., You, Y., Shen, Y., Du, Z., & Dai, T. (2022). Village doctors' dilemma in China: a systematic evaluation of job burnout and turnover intention. Frontiers in public health, 10, 970780. https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.970780
Correia, A. M. R., & Mesquita, A. (2014). Mestrados e Doutoramentos. (2a ed.), Vida Economica Editorial. 328 p.
Dalcin, L., & Carlotto, M. (2018). Síndrome de burnout em professores no Brasil: considerações para uma agenda de pesquisa. Psicologia em Revista, 23 (2), 745-770.
Dejours, C. (1992). Loucura no trabalho: estudo da psicopatologia do trabalho. Trad. Paraguay, A.I., y Ferreira, L.L. (5a ed.), Cortez-Oboré.
Fragoso, C. (2015). Cultura organizacional. RH Portal. https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/cultura-organizacional-conceito.
Hsiung, K. S., Colditz, J. B., McGuier, E. A., Switzer, G. E., VonVille, H. M., Folb, B. L., & Kolko, D. J. (2021). Measures of organizational culture and climate in primary care: a systematic review. Journal of General Internal Medicine, 36(2), 487–499. https://doi.org/10.1007/s11606-020-06262-7.
Marques, W. R., Coelho, A. M., Marques, F. R., Birino, J. S., Araújo, I. M. A., Costa, R. M., Sousa, V. V. R., & Machado, A. N. (2021). Estresse e cultura organizacional: o papel do psicólogo na prevenção e tratamento da síndrome de burnout. Conjecturas, 22 (1).
Mendes, A. (2021). Burnout: expectativa e realidade da gestão. https://employerbranding.com.br/burnout-expectativa-e-realidade-da-gestao/.
Mijakoski, D., Cheptea, D., Marca, S. C., Shoman, Y., Caglayan, C., Bugge, M. D., Gnesi, M., Godderis, L., Kiran, S., McElvenny, D. M., Mediouni, Z., Mesot, O., Minov, J., Nena, E., Otelea, M., Pranjic, N., Mehlum, I. S., van der Molen, H. F., & Canu, I G (2022). Determinantes do burnout entre professores: uma revisão sistemática de estudos longitudinais. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19 (9), 5776. https://doi.org/10.3390/ijerph19095776.
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G., & PRISMA Group (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS medicine, 6 (7), e1000097. https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097.
Niinihuhta, M., & Häggman-Laitila, A. (2022). A systematic review of the relationships between nurse leaders' leadership styles and nurses' work-related well-being. International Journal of Nursing Practice, 28 (5), e13040. https://doi.org/10.1111/ijn.13040.
Ouellette, R. R., Goodman, A. C., Martinez-Pedraza, F., Moses, J. O., Cromer, K., Zhao, X., Pierre, J., & Frazier, S. L. (2020). A systematic review of organizational and workforce interventions to improve the culture and climate of youth-service settings. Administration and Policy in Mental Health, 47 (5), 764–778. https://doi.org/10.1007/s10488-020-01037-y.
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021; 372 (71).
Rodrigues, L. S, Filho, M. A. L. S., Andrade, L. M., Nascimento, J. S., & Souza, E. A. (2022). Síndrome de burnout: os efeitos dos aspectos motivacionais nas organizações e a relação com as abordagens das teorias psicológicas. https://www.cairu.br/riccairu/pdf/artigos/7/12_SINDROME_BURNOUT_EFEITOS_ASPECTOS.pdf.
Seligmann-Silva, E. (2007). Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho: marcos de um percurso. Introdução In: Dejours, C., Abdoucheli, E., y Jayet, C. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. Bertiol, M.I.S. (Coord.). Trad. Bertiol, MIS & cols. São Paulo: Atlas, pp. 13-19.
Silva-de-Oliveira, M., & Sousa, G. D. (2019). Síndrome de burnout (SB) y sus dimensiones en las áreas educacionales. 1. ed.Espanha: Editorial Académica Española, 1. 285p.
Singh, H. (2021). Employee energy and engagement: keys to clinician and organization well-being in a crisis. Front Health Serv Manage, 38 (1), 39-44.
Sousa, M. V. H. (2012). Síndrome de burnout em profissionais da saúde: estudo bibliográfico. 30 p. (Monografía de Bachillerato en Enfermería). Universidade Federal do Piauí, Picos.
Souza, W. F. (2013). Transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho: o que a psicologia tem a dizer e a contribuir para a saúde de quem trabalha? Fractal, Rev. Psicol., 25 (1), 99-108.
Sutton, L., Rowe, S., Hammerton, G., & Billings, J. (2022). The contribution of organisational factors to vicarious trauma in mental health professionals: a systematic review and narrative synthesis. European Journal of Psychotraumatology, 13 (1), 2022278.
Urrútia, G., & Bonfill, X. (2010). Declaración PRISMA: una propuesta para mejorar la publicación de revisiones sistemáticas y metaanálisis. Med Clin (Barc), 135 (11), 507-511.
Valle, R. B. L. R., Balsanelli, A. P., Taminato, M., Saconato, H., & Gasparino, R. (2021). The relationship between the authentic leadership of nurses and structural empowerment: a systematic review. Rev Esc Enferm USP, 55:e03667.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marcia Silva de Oliveira; Antonio da Costa Cardoso Neto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
