Microbiota e dieta: importância da modulação intestinal com foco na obesidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42263

Palavras-chave:

Microbiota; Intestino; Obesidade; Emagrecimento.

Resumo

Os estudos sobre microbiota intestinal estão sendo cada vez mais discutidos para mostrar a relevância e o impacto que pode gerar na vida dos indivíduos. A modulação da microbiota intestinal pode promover diversos resultados no organismo, sendo alguns deles: melhor absorção de nutrientes, síntese de vitaminas, modulação do sistema endócrino e em todo o metabolismo. O objetivo do trabalho foi analisar os pontos que comprovem que a ingestão de gordura e açúcar contribuem para uma microbiota em desequilíbrio e que as características de cada uma contribuem para a qualidade de vida em geral. O estudo consiste em uma pesquisa de revisão narrativa acerca da influência da dieta na microbiota e sua relação com a obesidade. Foi realizada uma pesquisa nos bancos de dados PubMed, SciELO, Google Acadêmico, bem como livros e periódicos com os descritores microbiota; modulação; intestino; emagrecimento; ciclo circadiano; sono; atividade física; inflamação; hormônios; estresse; probióticos; mitocôndrias; dieta; glúten, foodmap, entre os anos de 2006 e 2023 nas línguas português e inglês. Os resultados encontrados levaram a conclusão de que o emagrecimento é uma das condições onde é possível notar a importância de manter a microbiota intestinal saudável, visto que, ao se alimentar bem, praticar atividade física, consumir a quantidade ideal de água e ingerir alimentos ricos em prebióticos, o intestino funciona corretamente e aumenta a chance de absorver melhor os alimentos, além disso, a microbiota intestinal de um indivíduo obeso é diferente da microbiota intestinal de indivíduo não obeso.

Biografia do Autor

Ana Paula Aparecida de Borba, Centro Universitário de Brasília

Discente do curso de Nutrição

Lara Rosa Campos de Araújo Ramos, Centro Universitário de Brasília

Discente do curso de Nutrição

Dayanne da Costa Maynard, Centro Universitário de Brasília

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Sergipe (2010), Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Gama Filho (2012), Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe (2016) e Doutora em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília (2021). Tem experiência na docência, sendo docente temporário da Universidade Federal de Sergipe (2012-2014), professora Supervisora em estágio de UAN na Universidade Tiradentes (2013-2016), professora Supervisora de Estágio em Nutrição Clinica do Centro Universitário UNIEURO (2016) e professora convidada da Universidade Cruzeiro do Sul (2018-2020). Atuou como Nutricionista Clínica na Fundação Hospitalar de Saúde/HUSE, na qual fez parte da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional da UTI, prestou serviço de consultoria ao projeto Biofort da EMBRAPA e atuou em Gestão da Alimentação Escolar no município de Carira. Atualmente é professora do Centro Universitário de Brasília CEUB, Membra da Associação Brasileira de Nutrição e pesquisadora na área de sustentabilidade na produção de refeições. Criadora do GRASS, ao qual teve sua tese indicada para concorrer ao prêmio internacional do Foods (Best PH.D Thesis) e o prêmio nacional da CAPES (melhor tese defendida em 2021). É revisora e membra do corpo editorial de periódicos na área da saúde.

Referências

Al Assal, Karina. Microbiota Intestinal: da ciência à prática clínica. 1. ed. São Paulo: PoloBooks, 2022.

Aoun, A., Darwish, F., & Hamod, N. (2020). The Influence of the Gut Microbiome on Obesity in Adults and the Role of Probiotics, Prebiotics, and Synbiotics for Weight Loss. 25(2), 113–123.

Aya, V., Flórez, A., Perez, L., & Juan David Ramírez. (2021). Association between physical activity and changes in intestinal microbiota composition: A systematic review. 16(2), e0247039–e0247039.

Ballini, A., Scacco, S., Mariarosaria Boccellino, Santacroce, L., & Arrigoni, R. (2020). Microbiota and Obesity: Where Are We Now? 9(12), 415–415.

Bayon, V., Leger, D., Gomez-Merino, D., Marie-Françoise Vecchierini, & Mounir Chennaoui. (2014). Sleep debt and obesity. 46(5), 264–272.

Cominetti, C., & Maria, S. (2020). Bases bioquímicas e fisiológicas da nutrição: nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença.

Niels Banhos Danneskiold-Samsøe, Dias, H., Rosangela Fritscher Santos, Juliano Lemos Bicas, Baú, C., Madsen, L., Kristiansen, K., Glaucia Maria Pastore,

Brix, S., & Taba, M. (2019). Interplay between food and gut microbiota in health and disease. 115, 23–31.

Kurilshikov, A., Medina-Gomez, C., Bacigalupe, R., Djawad Radjabzadeh, Wang, J., Ayse Demirkan, Le, C. I., Garay, J. A., Finnicum, C. T., Liu, X.,

Zhernakova, D. V., Marc Jan Bonder, Hansen, T., Frost, F., Rühlemann, M. C., Turpin, W., Moon, J.-Y., Kim, H.-N., Kreete Lüll, & Barkan, E. (2021). Large-scale association analyses identify host factors influencing human gut microbiome composition. 53(2), 156–165.

Liu, B., Liu, X., Liang, Z., & Wang, J. (2021). Gut microbiota in obesity. 27(25), 3837–3850.

Kiril Mitev, & Vaso Taleski. (2019). Association between the Gut Microbiota and Obesity. 7(12), 2050–2056.

Martins Teixeira, C., Melquiades De Melo, M., Teixeira, C., Doutor, R., Capiberibe, L., Sebastião, S., De, A., & Introdução, R. (n.d.). 54 54

Carolina, A., Tande, I., Bianca de Almeida-Pititto, & Roberta, S. (2014). Microbiota intestinal e risco cardiometabólico: mecanismos e modulação dietética. 58(4), 317–327.

Ojo, O., Osarhumwese Osaretin Ojo, Zand, N., & Wang, X. (2021). The Effect of Dietary Fibre on Gut

Microbiota, Lipid Profile, and Inflammatory Markers in Patients with Type 2 Diabetes: A Systematic

Review and Meta-Analysis of Randomised Controlled Trials. 13(6), 1805–1805.

Cronin O, Barton W, Skuse P, et al. Uma análise metagenômica e metabolômica prospectiva do impacto do exercício e/ou suplementação de proteína de soro de leite no microbioma intestinal de adultos sedentários. Msystems. 2018 maio-junho;3(3):e00044-18.

Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde. (2020). APS.

Emanuele Rinninella, Cintoni, M., Raoul, P., Loris Riccardo Lopetuso, Franco Scaldaferri, Pulcini, G., Giacinto, Gasbarrini, A., & Maria Cristina Mele. (2019). Food Components and Dietary Habits: Keys for a Healthy Gut Microbiota Composition. 11(10), 2393–2393.

Emanuele Rinninella, Raoul, P., Cintoni, M., Franceschi, F., Giacinto, Gasbarrini, A., & Maria Cristina Mele. (2019). What is the Healthy Gut Microbiota Composition? A Changing Ecosystem across Age,

Environment, Diet, and Diseases. 7(1), 14–14.

Singh, R. K., Chang, H. W., Yan, D., Lee, K. M., Ucmak, D., Wong, K., Abrouk, M., Farahnik, B.,

Nakamura, M., Zhu, T. H., Bhutani, T., & Liao, W. (2017). Influence of diet on the gut microbiome and implications for human health. Journal of translational medicine, 15(1), 73.

Smith, R., Easson, C. G., Lyle, S. M., Kapoor, R., Donnelly, C. P., Davidson, E. J., Parikh, E., Lopez, J.

A., & Tartar, J. L. (2019). Gut microbiome diversity is associated with sleep physiology in humans. 14(10),.

Su, Q., & Liu, Q. (2021). Factors Affecting Gut Microbiome in Daily Diet. Frontiers in nutrition, 8, 644138.

A IMPORT NCIA DE PROBIÓTICOS PARA O CONTROLE E/OU REESTRUTURAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL | Sumários.org. (2023). Sumarios.org.

Vista do IMPORT NCIA DA MICROBIOTA INTESTINAL E SUA MODULAÇÃO PARA O EMAGRECIMENTO SAUDÁVEL. (2023). Periodicorease.pro.br.

Emanuela Nogueira Wanderley, & Ferreira, V. M. (2010). Obesidade: uma perspectiva plural. 15(1), 185–194.

Filipa, T., & Bastos, S. (2015). Síndrome do Intestino Irritável e Dieta com restrição de FODMAPs. 80 (1), 19-28.

Zeppa, S., Agostini, D., Gervasi, M., Giosuè Annibalini, Stefano Amatori, Ferrini, F., Sisti, D., Piccoli, G., Barbieri, E., Piero Sestili, & Vilberto Stocchi. (2019). Mutual Interactions among Exercise, Sport Supplements and Microbiota. 12(1), 17–17.

Downloads

Publicado

26/06/2023

Como Citar

BORBA, A. P. A. de .; RAMOS, L. R. C. de A. .; MAYNARD, D. da C. Microbiota e dieta: importância da modulação intestinal com foco na obesidade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e24212642263, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.42263. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42263. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

v. 12 n. 6

Seção

Artigos de Revisão

Licença

Copyright (c) 2023 Ana Paula Aparecida de Borba; Lara Rosa Campos de Araújo Ramos; Dayanne da Costa Maynard

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.