Resistência antimicrobiana em dermatologia veterinária: Revisão de literatura sobre o impacto do uso de antibióticos em infecções cutâneas em pequenos animais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49708Palavras-chave:
Staphylococcus, Piodermite, Saúde pública.Resumo
A resistência antimicrobiana (AMR) representa um desafio crítico na medicina veterinária, especialmente em infecções cutâneas de pequenos animais, como a foliculite bacteriana superficial. Infecções causadas por Staphylococcus pseudintermedius têm se tornado cada vez mais difíceis de tratar devido à emergência de cepas resistentes à meticilina (MRSP) e multirresistentes (MDR). Este artigo objetiva revisar os principais fatores que contribuem para a AMR, incluindo o uso indiscriminado de antibióticos, a falta de diagnóstico preciso e o impacto de condições clínicas subjacentes, como dermatite atópica. Destacam-se os avanços no diagnóstico, com o uso de tecnologias como MALDI-TOF e testes de suscetibilidade, que são cruciais para orientar terapias eficazes. A revisão também aborda as recomendações mais recentes para o manejo terapêutico, priorizando o uso racional de antimicrobianos. Antibióticos como amoxicilina-clavulanato, cefalexina e clindamicina permanecem como tratamentos de primeira linha para infecções suscetíveis, enquanto opções alternativas, como rifampicina e linezolida, são indicadas apenas em casos de resistência comprovada. Além disso, estratégias preventivas, como melhorias nas práticas de higiene e o uso de terapias tópicas, são destacadas como métodos eficazes para reduzir a necessidade de tratamentos sistêmicos e minimizar a seleção de cepas resistentes. Por fim, este artigo enfatiza a relevância de uma abordagem integrada One Health, que reconhece a interconexão entre saúde animal, humana e ambiental, como uma estratégia indispensável para enfrentar a AMR.
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